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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

O papel dos Inibidores de SGLT2 na lesão renal aguda em pacientes diabéticos submetidos à intervenção coronariana percutânea

FEITOSA, MPM, LIMA, EG, ABIZAID, AAC, Mehran, R, FISCHER, TAR, LOPES, NHM, KALIL Filho, R, SERRANO JUNIOR, CV
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, Mount Sinai Medical Center - Nova York - Nova York - Estados Unidos

 

Introdução

 

A incidência de nefropatia induzida por contraste (NIC) varia de 2-30% e sua ocorrência está associada com aumento das taxas de mortalidade, perda de função renal, hemodiálise e aumento dos custos relacionados à saúde. Aproximadamente 25% dos pacientes com doença arterial coronariana (DAC) submetidos a intervenção coronariana percutânea (ICP) são diabéticos, sendo o DM2 um dos fatores de risco mais associados com a ocorrência de NIC. Metanálise recente que avaliou os três maiores estudos randomizados com o uso de iSGLT2 (DECLARE, EMPA-REG, CANVAS) demonstrou uma redução de 44% na injúria renal aguda no grupo iSGLT2 comparado ao grupo controle (terapia médica otimizada). Não há estudos randomizados que avaliem a segurança do uso de iSGLT2 durante a ICP. O objetivo do estudo é avaliar a segurança dos iSGLT2 em pacientes diabéticos submetidos a ICP através da avaliação de biomarcadores renais.

 

Metodologia

 

O estudo SAFE-PCI é um estudo piloto, unicêntrico, prospectivo, aberto, controlado e randomizado (1:1) com um total de 42 pacientes e follow-up de 30 dias. Biomarcadores renais (NGAL, creatinina) foram coletados imediatamente antes, 6, 24 e 48 horas e 30 dias após intervenção coronariana percutânea (ICP). Empagliflozina 25mg via oral por dia foi iniciada pelo menos 15 dias antes da ICP no grupo intervenção e mantida até o fim do período de follow-up. Ambos os grupos receberam terapia médica otimizada (TMO) e protocolo de nefroproteção no período da ICP.

 

Resultados

 

Um total de 42 pacientes foram randomizados (22 pacientes no grupo iSGLT2 e 20 pacientes no grupo controle). Não houve diferença nas características basais clínico-laboratoriais e angiográficas entre os grupos. O desfecho primário (valor de NGAL pós ICP) não diferiu entre os grupos (Figura 1), sendo o valor médio de NGAL 6 horas pós procedimento de 199 ng/dL no grupo iSGLT2 e 150ng/dl no grupo controle (p 0,24). Apesar de haver um aumento inicial da creatinina no grupo iSGLT-2 em relação ao grupo controle entre a creatinina basal e a creatinina pré-ICP e 24 horas pós ICP (Figura 2), a diferença não foi detectada na creatinina 48 horas pós ICP (p 0,065). A incidência de NIC no grupo iSGLT2 foi de 13,6% e no grupo controle foi de 10%, sem diferença estatisticamente significativa.

 

Conclusão

 

O uso de empagliflozina 25mg foi segura em pacientes diabéticos submetidos a ICP na DAC estável. O desfecho primário não mostrou diferença na função renal (avaliada por NGAL e creatinina) pós ICP entre os grupos.

 

 

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