Introdução: A infecção por COVID-19 pode ocasionar lesões diretas e indiretas ao músculo cardíaco. A ecocardiografia de strain mostra-se útil para a análise de possíveis disfunções miocárdicas em pacientes com COVID-19. O estudo visa analisar a função cardíaca após recuperação de COVID–19 comparando os resultados da ecocardiografia com strainem pacientes que evoluíram com as formasclínicas leve, moderada e grave da doença.
Métodos: A ecocardiografia strain foi realizada após a recuperação clínica da COVID-19 em pacientes com diagnóstico da doença. O estudo incluiu 42 pacientes com a forma moderada ou grave que foram conduzidos em hospital público de Minas Gerais e 45 com a forma leve conduzidos na Atenção Primária e rede ambulatorial de Pernambuco. A seleção de pacientes se ocorreu no período de maio de 2020 a agosto de 2021. Dados clínicos dos pacientes foram colhidos no momento do exame,
Resultados: A ecocardiografia bidimensional mostrou funções sistólica e diastólica dos ventrículos esquerdo e direito normais em todas as formas evolutivas.
Tabela 1: Análise da ecocardiografia de strain, de acordo com valores encontrados por grupo.
A análise por ecocardiografia de strain mostrou alterações significativas, nas modalidades Global, 2 câmaras e 4 câmaras, em pacientes que evoluíram com forma moderada ou grave da doença, apresentando valores de p de 0,002, 0,001 e 0,004 respectivamente.
Tabela 2: Comparação de variáveis da ecocardiografia de strain dos casos leves e moderados a grave.