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Estado hiperglicêmico como preditor de desfecho desfavorável em pacientes hospitalizados por insuficiência cardíaca

Felipe D. Sicchieri, Julia Mariotti, Samuel Sah, Esther M. F. Silva, Gabriela Gil, Leandro C. da Silva, Rodrigo S. Aguilar, Meliza Goi Roscani
Universidade Federal de São Carlos - São Carlos - SP - Brasil, Hospital Universitario da UFSCar - SAO CARLOS - SP - Brasil

 

Estado hiperglicêmico como preditor de desfecho desfavorável em pacientes hospitalizados por insuficiência cardíaca

 

 

 

Introdução: Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER) é uma síndrome grave e complexa e com aumento substancial do risco de mortalidade a cada internação por descompensação. É de extrema importância, portanto, conhecer marcadores durante a admissão hospitalar que possam se associar a maior gravidade durante a hospitalização desses pacientes. Objetivo: avaliar marcadores clínicos, laboratoriais e ecocardiográficos associados a desfecho desfavorável (óbito, necessidade de terapia intensiva (UTI) ou revascularização de emergência) durantea internação por ICFER. Métodos: Estudo prospectivo longitudinal de pacientes consecutivos internados na enfermaria de clínica médica de um hospital universitário por agudização da IC no período de junho de 2019 a dezembro de 2022. Os pacientes foram submetidos, no primeiro dia de admissão, à avaliação clínica e exame físico para detecção de sinais de IC, exames laboratoriais e ecocardiograma transtorácico. Foram acompanhados até a alta hospitalar ou óbito, quanto à presença de desfechos desfavoráveis: óbito, necessidade de UTI ou revascularização (angioplastia ou cirurgia cardíaca de emergência). Resultados: Foram incluídos 50 pacientes consecutivos com o diagnóstico de ICFER, sendo que 10 evoluíram com desfecho desfavorável (2 óbitos, 1 necessidade  de revascularização de urgência  e 5 de UTI). Os principais fatores associados a desfechos desfavorável foram: estado hiperglicêmico (p=0,015), e sinais de congestão venosa sistêmica: derrame pleural (p=0,034), hepatomegalia (p=<0,001), estase jugular (p=0,013). A curva operacional padrão mostrou que valores de glicemia ³143 mg/dl têm A / C de 0,75 (IC 95%: 0,54 - 0,96; p = 0,04), sensibilidade de 71% e especificidade de 74% para detecção de desfecho. Também houve diferença significativa das curvas de Kaplan Meier considerando o valor de corte da glicemia para valores ³143mg/dL ou inferiores a 143mg/dL para os desfechos desfavoráveis, durante os dias de internação.  (Log-Rank, p = 0,03). Conclusão: Hiperglicemia e sinais de congestão sistêmica durante a internação foram associados a maior gravidade durante a hospitalização por ICFER. A glicemia na admissão teve boa acurácia na detecção de desfechos desfavoráveis nesses pacientes.

 

 

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