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Taquicardia Ventricular Monomórfica em paciente com eletrocardiograma de Brugada Tipo1.

HELENA FLORENTINA GOMES, MARINA BRAGA DE OLIVEIRA, KAROLINY LIMA LOPES DE SOUZA, CAIO SANCHEZ VILELA MOREIRA, EDUARDO PALMEGIANI, THIAGO BACCILI CURY MEGID, ADALBERTO M. LORGA FILHO
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

Introdução: Síndrome de Brugada (SBr) faz parte do diagnóstico diferencial de síncope e morte súbita em indivíduos sem cardiopatia. Esta patologia, autossômica dominante, consiste em alterações eletrocardiográficas específicas, como bloqueio de ramo direito (BRD) e elevação do segmento ST nas derivações precordiais direitas (V1 a V3), e cursam com taquicardia ventricular (TV) polimórfica e/ou fibrilação ventricular como causa da morte súbita.

Relato de Caso: Paciente masculino, 31 anos, sem comorbidades ou sintomatologia prévias e quadro de taquicardia mal tolerada, com diagnóstico ao eletrocardiograma de TV monomórfica, revertida na emergência de outro serviço sem necessidade de cardioversão. Em eletrocardiograma prévio apresentava BRD e elevação de segmento ST de V1- V3, sugestivo de SBr Tipo 1. Encaminhado a serviço terciário de referência, sendo realizado estudo eletrofisiológico (EEF) no qual foi induzido e confirmado a TV monomórfica clinica com padrão BRD, eixo desviado para cima, mal tolerada e revertida com cardioversão.  Sem histórico pessoal ou familiar de morte súbita. Realizado EEF que induziu episódio de taquicardia ventricular monomórfica sustentada com padrão de. Exames complementares, como ecocardiograma e ressonância cardíaca sem alterações estruturais. Optado por implante de cardiodesfibrilador implantável e posterior seguimento ambulatorial aguardando mapeamento genético para confirmação.

 

Conclusão: Este caso ilustra a rara associação de TV monomórfica mal tolerada em coração estruturalmente normal e eletrocardiograma típico de Síndrome de Brugada tipo 1 e alerta para a necessidade de se suspeitar de SBr mesmo na presença de TV monomórfica quando em pacientes com coração estruturalmente normal. O implante de cardiodesfibrilador implantável configura uma medida profilática nesses casos. 

Imagem 1: Registro eletrocardiografico do episódio de TV monomórfica em derivações periféricas

Imagem 2: Registro eletrocardiográfico padrão Síndrome de Brugada Tipo1 em derivações precordiais 

 

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