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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Influência da variabilidade climática no prognóstico da parada cardíaca intra-hospitalar

Taline Lazzarin, Edson Luiz Fávero Júnior, Caroline Casagrande Delai, Raquel Simões Ballarin, Bertha Furlan Polegato, Paula Schmidt Azevedo , Leonardo Zornoff , Antônio Ribeiro da Cunha, Adriana Polachini do Valle, Marcos Ferreira Minicucci
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - - SP - BRASIL

Introdução: Fatores climáticos como temperatura (T) e umidade relativa (UR) do ar têm sido associados a condições cardiovasculares, como infarto do miocárdio, morte súbita e mortalidade cardiovascular. As condições cardiovasculares são a causa mais frequente de parada cardiorrespiratória (PCR), portanto, fatores climáticos também podem influenciar os resultados da PCR. Evidências já demonstraram associação entre condições climáticas e PCR extra-hospitalar, mas a PCR intra-hospitalar ainda não foi avaliada. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre T e UR nas vítimas de PCR intra-hospitalar. Métodos: Incluímos retrospectivamente os pacientes ≥18 anos de idade, vítimas de PCR intra-hospitalar atendidos pelo time de resposta rápida do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, no período de maio de 2018 a dezembro de 2021. Excluímos os pacientes em cuidados paliativos, não candidatos às medidas de reanimação. Dados clínicos e laboratoriais foram coletados do prontuário eletrônico. A T e UR do ar no dia da PCR foram registradas pela estação meteorológica da faculdade. Reforçamos que as enfermarias do hospital não eram climatizadas. Os desfechos avaliados foram retorno à circulação espontânea (RCE) > 20 minutos e óbito intra-hospitalar. As análises estatísticas foram realizadas com o programa SigmaPlot (versão 12.0). As regressões logísticas multivariadas foram ajustadas pelas variáveis com relevância clínica e estatística. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Trezentos e oitenta e dois pacientes foram incluídos no estudo, com idade média de 65,4 ± 14,8 anos e 53,9% do sexo masculino. Entre os desfechos avaliados, a taxa de não-RCE foi de 56,8% e a mortalidade intra-hospitalar foi de 94,2%. Na análise multivariada, maiores valores de UR média foram associados com não-RCE quando ajustados por idade, sexo, ritmo inicial, duração da reanimação e administração de epinefrina (OR = 1,020; IC 95% = 1,003 – 1,038; p = 0,023). Valores maiores da UR máxima também associaram-se ao não-RCE, quando ajustada pelos mesmos fatores (OR = 1,023; IC 95% = 1,003 – 1,044; p = 0,025). Os demais parâmetros climáticos não foram associados ao não-ROSC. Também não houve associação, na regressão logística múltipla, de UR ou temperatura e mortalidade intra-hospitalar. Conclusão: Em conclusão, a variabilidade climática influencia o prognóstico após PCR intra-hospitalar.

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