Introdução: A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é caracterizada como a ausência de batimentos cardíacos eficazes, ausência de pulso central palpável, incapacidade de resposta a estímulos externos, com respiração agônica ou ausente, e depende de socorro imediato em que o tempo que o paciente fica inconsciente determina as sequelas e agravos. O projeto Samuzinho foi criado em 2007, e é considerado inovador por capacitar adolescentes sobre como proceder frente a uma situação de emergência, seguindo as recomendações do protocolos de Suporte Básico de Vida (SBV). Objetivo:avaliar o conhecimento dos adolescentes sobre reanimação cardiopulmonar e capacitá-los para realizar o protocolo de SBV. Métodos: trata-se de uma série de casos, amostra por conveniência, composta de adolescentes. Aplicou-se um questionário composto de 22 questões fechadas, com 4 opções de respostas de múltipla escolha, para avaliar o conhecimento prévio dos adolescentes sobre procedimentos de urgência e emergência no SBV. Posteriormente, aplicou-se uma intervenção educativa de forma interativa com simulações de PCRs em bonecos, no modelo de Role Play. Após esta intervenção, reaplicou-se o mesmo questionário para a comparação pré e pós intervenção.Para análise dos resultados, foram utilizados números absolutos e relativos na comparação das respostas corretas do questionário. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, CAAE N⁰58115422.2.0000.5495. Todos os participantes e seus representantes legais, autorizaram e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o Termo de Assentimento.Resultados:Participaram 72 adolescentes, 25 meninos e 47 meninas, idade média entre 11 a 16 anos. Na análise do conhecimento por meio do questionário sobre SBV, os números de acertos das respostas nos domínios entre pré e pós intervenção são: conhecimentos gerais 58 (81%) x 66 (92%), sequência de procedimentos 29 (40%) x 44 (62%), ventilações 31 (43%) x 30 (42%), compressão 31 (43%) x 30 (42%), uso do desfibrilador 17 (24%) x 29 (40%). Conclusão:Com base nos resultados, observou-se que a capacitação entre os adolescentes sobre o protocolo de SBV, tornou-se satisfatória na obtenção de conhecimento. Sugere-se a continuidade da aplicação da metodologia em escolas, ampliando o público para disseminar informações relevantes sobre como proceder em situações emergenciais.
Descritores: Adolescentes; Educação em saúde; Suporte Básico de Vida.