Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte em todo o mundo. Nas últimas décadas, constatou-se declínios substanciais nas taxas de mortalidade nos países de alta renda, porém o mesmo não ocorreu nos subdesenvolvidos. Dentre as DCV, têm-se o infarto agudo do miocárdio (IAM) que, além de causar morte prematura e incapacidade, impacta significativamente a economia do país. Metodologia: Foi realizada uma busca no Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), onde foram obtidos os dados epidemiológicos do IAM dos últimos 10 anos. Resultados: A região Norte apresentou um aumento de 188% no número de internações hospitalares por IAM nos últimos 10 anos, passando de 3.528 casos, em 2013, para 6.656, em 2022, o que totalizou 49.279 casos em todo o período. Já a região nordeste apresentou um aumento de 164%, saindo de 17.011 casos para 27.995, sendo que, em 10 anos, houve 229.175 casos. A região sudeste apresentou um aumento de 162% no número de casos, visto que em 2013 possuía 44.490 casos e, em 2022, apresentou 72.221 casos, totalizando 580.107 casos. O Sul, em 2013, teve 16.589 casos, passando para 28.011, em 2022, tendo um aumento de 169% e apresentando um acumulado de 228.024. Por fim, a região Centro-Oeste teve um aumento de 253%, saindo de 4.941 casos em 2013 para 12.531 casos em 2022, totalizando 84.520 casos em 10 anos. Embora a região sudeste apresente o maior número de casos de IAM, a região nordeste é a detentora da maior taxa de mortalidade dos últimos 10 anos (11,82%). Posteriormente, a região norte (11,31%), sudeste (10,25%), sul (9,92%) e centro-oeste (9,59%). O custo hospitalar associado ao IAM de 2013 a 2022 no SUS foi cerca de 4,5 bilhões de reais, sendo que a região sudeste apresentou o maior gasto, totalizando cerca de 2,2 bilhões. Em seguida, a região sul com cerca de 1 bilhão, nordeste com 770 milhões, centro-oeste com 310 milhões e norte com 141 milhões. Conclusão: O número de casos de IAM está aumentando progressivamente ao longo dos anos, juntamente com os seus custos hospitalares. Quanto à taxa de mortalidade, embora também tenha aumentado durante o período analisado, não foi na mesma proporção das variáveis anteriores, tendo, em 2022, a menor taxa dos últimos anos.