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Insuficiência cardíaca está associada à fraqueza muscular inspiratória em pacientes com cardiopatia chagásica

Clara Diniz, Mauro Felippe Felix Mediano, Luiz Fernando Rodrigues Junior, Fernanda de Souza Nogueira Sardinha Mendes, Roberto Magalhães Saraiva, Andréa Rodrigues da Costa, Alejandro Marcel Hasslocher-Moreno, Andréa Silvestre de Sousa
Fundaçao Oswaldo Cruz - Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Introdução: A força muscular inspiratória (FMI) parece estar reduzida em indivíduos com cardiopatia chagásica crônica (CCC), principalmente na fase tardia com evolução para insuficiência cardíaca (IC). No entanto, até o momento, apenas um estudo sobre FMI e resistência muscular inspiratória (RMI), incluindo indivíduos CCC com e sem IC está disponível. Objetivo: Comparar FMI e RMI em indivíduos com CCC, na presença e ausência de IC. Métodos: Trata-se de estudo transversal, incluindo 30 pacientes adultos com CCC, ambos os sexos, acompanhados regularmente em um ambulatório de referência para doenças infecciosas. Os participantes foram divididos nos grupos CCC (fase inicial da CCC, sem IC; n=15) e grupo CCC-IC (fase avançada da CCC, com IC; n=15). Avaliamos a FMI pela pressão inspiratória máxima, a RMI pelos testes incremental e de carga constante, e a força muscular periférica (FMP) pela dinamometria manual. Pressão inspiratória máxima e FMP < 70% e relação entre pressão inspiratória máxima e o valor do teste incremental < 75% dos valores preditos foram consideradas respectivamente como redução de FMI, FMP e RMI. Resultados: O grupo CCC-IC apresentou mediana da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (p<0,01) menor do que o grupo CCC-CC. A redução de FMI foi mais frequente no grupo CCC-IC do que no grupo CCC-CC (46,7% vs 13,5%; p=0,05) e ambos os grupos apresentaram altas frequências de RMI reduzida (93,3% CCC-CC vs 100,0% CCC-IC; p=0,95). Não foi observada redução de FMP, assim como não foi apresentada diferença significativa entre os grupos (22,4 CCC-CC vs 22,5 CCC-IC; p=0,71). A análise de regressão logística ajustada por idade usando IC como variável dependente mostrou que a IC aumentou a chance de redução da FMI em comparação com o grupo CCC-CC (OR=7,5; p=0,03). Conclusão: Este estudo sugere que, em pacientes com CCC, a IC está associada à redução da FMI, e que a redução da RMI já está presente na fase inicial, de forma semelhante à fase avançada com IC.

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