Introdução A presença de hiperglicemia se associa a aumento da morbidade e da mortalidade, de forma independente da causa da admissão, em diabéticos ou não. O mecanismo envolvido no desenvolvimento da hiperglicemia nas enfermidades graves, baseia-se na liberação de hormônios de estresse contra-regulatórios (corticosteroides e catecolaminas) e de mediadores pró-inflamatórios.
Objetivo Avaliar a associação entre a hiperglicemia de estresse com a massa infartada e função ventricular esquerda determinadas por ressonância nuclear magnética, em pacientes com IAMCSST. Analisar secundariamente a correlação em subgrupos (status DM) e marcadores de necrose (troponina).
Métodos Pacientes admitidos consecutivamente em unidade hospitalar, pós terapia trombolítica, em estratégia fármaco invasiva. Os pacientes foram estratificados em 3 grupos: diabéticos, pré diabéticos e não diabéticos.
Resultados Coorte composta 311 pacientes. Subgrupos: 1. Não DM: 34,1 (%); 2. Pré-DM: 41,5 (%); 3. DM: 24,4 (%), Tab. 1. A troponina foi significativamente maior no grupo DM, p=0,02 em análise post-hoc, (Fig. 1). Observamos correlação significativa entre a glicemia admissão x Fibrose (%), Rho: 0,57; p=0,018, em análise de regressão linear para as covariáveis de interesse.
Conclusões A variável troponina, avaliada na admissão foi diferente entre os grupos, baseado no status de DM. A glicemia elevada na fase aguda do infarto do miocárdio esteve positivamente associada a maior massa infartada.