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Perfil de hospitalizações por transtornos de condução e arritmias cardíacas no estado da Bahia: uma análise do período de 2018 a 2022

Lailson Joaquim da Silva, Gabriela Beatriz Coelho de Sousa, Matheus dos Santos Ferreira, Hellen Caroline Silva Costa, João Vitor Xavier Santos, Adriana Pacheco Reis de Souza, Jonas Muniz da Paixão, João Gabriel Batista Simon Viana, Euzebio Raimundo da Silva , Ana Flávia Souto Figueiredo Nepomuceno
UNEB - Salvador - BA - Brasil

Introdução e/ou fundamentos:As doenças cardiovasculares são consideradas importante causa de morbimortalidade, dentre as quais encontram-se os transtornos de condução e as arritmias cardíacas (TCAC).Os TCAC resultam na desregulação do ritmo habitual do coração por consequência de uma alteração na condução do impulso elétrico no miocárdio. Avaliar o perfil de hospitalização por essa condição torna-se relevante, sobretudo, devido ao seu impacto sobre a qualidade de vida e pela propensão aumentada de indivíduos com essa condição à morte súbita. Este estudo, portanto, tem como objetivo avaliar o perfil de hospitalizações por transtornos de condução e arritmias cardíacas no estado da Bahia durante o período de 2018 a 2022. Métodos:Estudo ecológico, transversal, retrospectivo e descritivo, baseado em informações disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde sobre TCAC no estado da Bahia. Foram analisadas as variáveis total de notificações por ano, sexo, faixa etária, raça/cor e valor total destinado a hospitalizações por esse agravo no período estudado. Resultados:Durante o período, registou-se 6759 internações por transtornos de condução e arritmias cardíacas, com destaque para o ano de 2022 (21,3%). A média de permanência hospitalar foi de 4,1 dias. Quanto ao perfil de indivíduos hospitalizados, observou-se maior tendência de hospitalizações por aqueles com faixa etária de 60 a 80 anos ou mais (68,7%), o que pode estar associado a fatores como adiminuição e a degeneração das células que conduzem impulsos nervosos que contraem o coração. Observou-se maior número de internações do sexo masculino (50,6%). Vale destacar a prevalência em pardos (81,6%), o que pode estar associado ao perfil racial da população estudada. A taxa de mortalidade no período foi de 9,8%, sendo o maior número de mortes registrado no ano de 2021 (23,5%), o que pode estar associado à pandemia do COVID-19, que reduziu a procura por assistência de saúde. As hospitalizações culminaram em um gasto total de R$74405559,98 nas contas públicas. Conclusões: Os resultados obtidos evidenciaram que as hospitalizações ocorrem principalmente em indivíduos do sexo masculino, com faixa etária de 60 a 80 anos e pardos. Dessa forma, é primordial o incentivo público em estratégias voltadas para medidas profiláticas, como a adoção de um estilo de vida mais saudável, o rastreio precoce de indivíduos mais propensos e a adesão à farmacoterapia.-

 

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