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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

PADRÃO ALIMENTAR E PERFIL LIPÍDICO DE ADOLESCENTES DE FORTALEZA-CE

Maria Dinara de A. Nogueira, Mayara L. Estevão, Gabrielly R. Monteiro, Nayeli Silva L. Matias, Ana Victória V. da Silva, Kamila N. Oliveira, Samuel Machado S. Lima, Lara Pereira Saraiva L. Borges, Soraia Pinheiro M. Arruda, Carla Soraya C. Maia
Universidade Estadual do Ceará - Fortaleza - Ceará - Brasil

Introdução: A adolescência é um estágio transicional influenciado por múltiplos fatores que impactam as escolhas, dentre elas, as alimentares. Os padrões alimentares podem ser determinantes do estado nutricional e da saúde, desencadeando alterações metabólicas, principalmente envolvendo as concentrações de lipídios sanguíneos. Alterações lipídicas, em adolescentes, indicam que há necessidade de rastreio contínuo do perfil lipídico para que hajam intervenções no âmbito de saúde pública e assim prevenir o desenvolvimento de doenças cardiovasculares na fase adulta. O objetivo foi verificar a associação entre padrões alimentares e o perfil lipídico de adolescentes da cidade de Fortaleza-CE.

Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com adolescentes nas escolas de Fortaleza-Ce. Os dados de consumo alimentar foram obtidos por meio de recordatório 24 horas e os padrões alimentares foram identificados por análise de componentes principais. Os padrões foram categorizados em quintis e dicotomizados em maiores (quarto e quinto quintis) e menores (do primeiro ao terceiro quintil) adesões. Foram analisados colesterol total (CT), colesterol associado à lipoproteína de baixa densidade (LDL-c), colesterol associado à lipoproteína de alta densidade (HDL-c), triglicerídeos (TG) e não-HDL-c no soro dos estudantes e após foi realizada classificação de dislipidemia (DLP). 

Análise estatística: A associação entre os padrões alimentares e o perfil lipídico foi testada com o Qui-quadrado de Pearson. Os dados foram apresentados em média e desvio padrão (dp), frequências e percentuais.

Resultados: Foram avaliados 826 adolescentes, com média de idade de 13,08 (dp 1,37) anos, sendo a maioria do sexo feminino (56,7%). Três principais padrões alimentares foram identificados em ambos os sexos: café com pão (pão branco, café, gordura e ovos), comum brasileiro (arroz branco, feijão, carne, massas, com carga fatorial negativa para alimentos regionais) e padrão misto (doces, frutas, biscoitos e bolos, legumes e produtos lácteos). O padrão comum brasileiro foi associado ao CT, LDL-c e não-HDL-c. Adolescentes com maior adesão a este padrão tiveram maior prevalência das concentrações de CT, LDL-c e não-HDL-c dentro do limite de normalidade com 90,3% (p=0,011), 95,15% (p=0,007) e 86,7% (p=0,006), respectivamente. Não houve associação entre o perfil lipídico e os outros padrões avaliados. HDL-c, TG e DLP não foram associados aos padrões.

Conclusão: O padrão comum brasileiro parece ser um fator de proteção contra algumas alterações lipídicas na população avaliada.

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