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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

CORREÇÃO ENDOVASCULAR DE FÍSTULA AORTO-ÁTRIO DIREITO

Ariane Zonho Wogel, Silvio Giopatto, Pedro Henrique de Andrade Matos, Matheus da Silva Passos, Daniela Camargo de Oliveira, Marcelo Vial, Lenny Giese, Renata Muller Couto , Artur Vilaça Carmona, Karlos Vilarinho
FACULDADE DE CIENCIAS MÉDICAS – UNICAMP - - SP - BRASIL

Fístulas da aorta são patologias raras, de causa congênita ou adquirida. Entre as adquiridas, destacamos a rotura de aneurisma do seio de Valsalva, que pode levar a morte súbita ou insuficiência cardíaca com evolução rápida e progressiva. Aneurismas originários no seio não coronariano (SNC) representam 10 a 30% dos casos. O tratamento se baseia na cirurgia aberta ou abordagem percutânea. A correção cirúrgica ainda é o padrão ouro, com taxa de mortalidade intra-hospitalar menor que 5%, porém com taxa de reabordagem de 20 a 30%. São poucos os relatos de casos com correção percutânea. Relatamos um caso de ruptura do SNC, com comunicação para o átrio direito (AD), tratado percutaneamente com implante de prótese de oclusão de comunicação interventricular (VSD ocluder). Homem de 71 anos, previamente hígido, etilista e ex-tabagista, encaminhado para o serviço de Cardiologia para investigação de dispnéia de início agudo há 6 meses, com piora progressiva associada a edema de membros inferiores, sopro sisto-diastólico panfocal e achado de fístula da aorta (Ao) para o AD em ecocardiograma de serviço externo. O ecocardiograma transesofágico (ETE) confirmou a descontinuidade de 7mm no SNC, com shunt contínuo Ao-AD, QP:QS de 1,6 e gradiente máximo de 99mmHg. Dilatação de câmaras direitas e de átrio esquerdo, com função sistólica de ventrículo esquerdo e direito preservadas (TAPSE 25, fração de ejeção 69%). O cateterismo direito mostrou pressão sistólica da artéria pulmonar de 60mmHg e pressão de oclusão da artéria pulmonar de 22mmHg, débito cardíaco elevado (7,3L/min) e resistência pulmonar normal. A angiotomografia confirma os achados do ETE com o defeito distando 1mm da válvula tricúspide. Debatido o caso em sessão clínica e optado pela abordagem percutânea. Sob anestesia geral, realizada aortografia mostrando fístula Ao-AD medindo 8,7mm, confirmada pelo ETE. Acessado o AD via Ao através da fístula e posicionado o fio guia hidrofílico de 260cm na veia cava inferior. Com auxílio de um cateter laço de 20mm, o fio guia hidrofílico foi exteriorizado pelo introdutor venoso. Avançado o dispositivo de oclusão pela via venosa, sendo posicionado e liberado sob orientação do ETE, permanecendo um disco do dispositivo na face aórtica e outro na face atrial da fístula. A interrupção do fluxo foi confirmada pelo ETE e pela aortografia. Paciente recebe alta hospitalar após 48horas da intervenção, com ácido acetilsalicílico. No seguimento de 1 mês, retorna com melhora importante dos sintomas clínicos.

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