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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

ANÁLISE DE SOBREVIVÊNCIA DE INDIVÍDUOS QUE SOFRERAM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA SEGUNDO CLUSTERS DE SINTOMAS PRODRÔMICOS

Izabela Martins Oliveira , Rita de Cassia Gengo e Silva Butcher
ESCOLA DE ENFERMAGEM DA USP - SÃO PAULO - SP - BRASIL, CHCUFPR- COMPLEXO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ - CURITIBA - PARANA - BRASIL

Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) associa-se à elevada prevalência e morbimortalidade. Há evidências na literatura de que a PCR é antecedida por sintomas prodrômicos que podem se manifestar de forma isolada ou concomitante (cluster). O estudo de sintomas prodrômicos da PCR pode ser guiado pela teoria dos sintomas desagradáveis (TDSD). Na TDSD os sintomas são influenciados por fatores fisiológicos, psicológicos e situacionais, ao mesmo tempo que influenciam desfechos dos indivíduos. Objetivo: Analisar a sobrevivência até a alta hospitalar ou óbito segundo a presença de cluster de sintomas prodrômicos da PCR. Método: Estudo longitudinal, retrospectivo, correlacional, com abordagem quantitativa. A amostra foi constituída dos indivíduos que sofreram PCR entre os anos 2010 e 2020. As variáveis foram descritas por medidas de tendência central e dispersão, além de frequências. Os clusters de sintomas foram determinados por análise de correspondência múltipla e expertise clínica da pesquisadora. As associações entre fatores influenciadores e cluster de sintomas foram analisadas por meio do Teste Exato de Fisher e Qui Quadrado para as variáveis categóricas e pelo teste de Wilcoxon-Mann-Whitney para as variáveis numéricas. A análise de sobrevivência foi realizada por meio do método de Kaplan-Meier e para as comparações foi utilizado o teste Log-Rank. O nível de significância adotado no estudo foi de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do CHC-UFPR. Resultados: Foram incluídos 120 prontuários de indivíduos com idade média de 58,7 (DP=18,3) anos, sendo a maioria do sexo feminino (n=65; 54,2%). Foram identificados 22 sintomas prodrômicos e formaram-se três clusters. O cluster 1 foi identificado em 60 prontuários (50%). O cluster 2 foi observado em 22 prontuários (18,3%). Já o cluster 3 foi identificado em 65 prontuário (54,1%). O cluster 1 apresentou associação estatisticamente significativa com sexo feminino (p=0,006) e diabetes (p=0,014); o cluster 2 com sexo feminino (p=0,017) e estado civil casado (p=0,045); e o cluster 3 com ritmo de diagnóstico da PCR (p=0,011), etiologia da PCR (p=0,007) e diabetes (p=0,050). Observou-se diferença na sobrevivência até a alta hospitalar ou óbito apenas para os indivíduos com sintomas do cluster 2 (p=0,04). Conclusão: Os sintomas prodrômicos da PCR ocorrem em cluster e estão associados a fatores influenciadores fisiológicos e situacionais. Indivíduos com cluster de sintomas relacionados à hipoperfusão tiveram menor tempo de sobrevivência até a alta hospitalar ou óbito.

 

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