Introdução: A Fibrilação Atrial (FA), arritmia sustentada mais comum na prática clínica, tem prevalência crescente, diversos fatores de risco associados a sua manifestação, configurando grande problema de saúde pública mundial. O mecanismo subjacente do qual resulta a FA ainda não foi completamente elucidado, mas cada vez mais evidências sugerem contribuição genética, revelando que os polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs) possam estar associados ao seu risco Métodos e resultados: Foram incluídos 505 pacientes, 357 para o grupo com FA e 148 para o grupo com outras cardiopatias que não FA, e extraído o DNA a partir de sangue total. Foram detectados os SNPs nos genes CAV1 (rs3807989), KCNN3 (rs13376333), PITX2 (rs6817105) e HCN4 (rs7164883) utilizado o PCR em tempo real através de sondas Taqman. Entre as variáveis quantitativas foram realizados testes t-student, Mann-Whitney e correlação de Pearson e entre variáveis qualitativas o teste qui-quadrado, com valores significativos estabelecidos para p<0,05. Foi encontrado associação de risco para desenvolvimento de FA em modelo de análise multivariada para o polimorfismo do gene HCN4 (rs7164883) em portadores do alelo de risco G (p=0.031). As variáveis idade (p=0.000), Acidente Vascular Encefálico (AVE) (p=0.017) e Doença reumática (p=0.020) também mostram relação de risco em modelo multivariado para desenvolvimento de FA. O polimorfismo dos genes KCNN3 e PITX2 não mostraram relação de associação com a arritmia. Conclusão: A FA esteve relacionada a maior risco de desenvolvimento em pacientes que possuam o polimorfismo do gene HCN4 assim como esteve mais associada naqueles que tinham maior idade e possuam história anterior de AVE ou doença reumática.