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INTERNAÇÕES POR TRANSTORNOS DE CONDUÇÃO E ARRITMIAS CARDÍACAS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO NA ÚLTIMA DÉCADA

Daniela Gonçalves de Melo , Amanda Paschoal Mendonça , Gustavo Saad El Toghlobi , Ana Lídia de Paula Oliveira Passos, Marcella Sousa Abizaid , Larissa Ventura Bruscky, Carlos Gun, João Augusto Camargo Moreira, Luma Aride Moreira
Universidade Santo Amaro - São Paulo - São Paulo - Brasil

INTRODUÇÃO: Arritmias cardíacas são alterações na frequência e no ritmo cardíaco decorrentes de distúrbios na geração ou condução do estímulo elétrico. O diagnóstico precoce é necessário para a eficácia do tratamento e controle dos sintomas, pois as arritmias cardíacas podem resultar em parada cardiorrespiratória. No Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, essa disfunção atinge cerca de 20 milhões de brasileiros e leva à morte de aproximadamente 320 mil pessoas por ano. Com o surgimento do vírus SARS- Cov 2, estudos analisaram a repercussão miocárdica da COVID- 19 e levaram a compreensão de que a infecção implica na ocorrência de lesões das células miocárdicas que integram o sistema de condução. A presente análise objetiva realizar um levantamento epidemiológico dos transtornos de condução e arritmias cardíacas no município de São Paulo. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, transversal e retrospectivo. Os dados apresentados foram coletados do banco de Informações de Saúde do DATASUS (TABNET) entre os anos de 2012 e 2022, sendo utilizados dados sobre internações hospitalares por arritmias cardíacas e transtornos de condução no município de São Paulo, com as variáveis de sexo, cor/ raça e faixa etária. RESULTADOS: Entre 2012 a 2022 foram notificadas 58.151 internações, sendo 52,35% do sexo masculino e 47,64% do sexo feminino. No que se refere à cor, 55,49% eram autodeclarados brancos, seguido de 17,49% pardos, 6,37% pretos, 0,62% amarelos e 20% não informaram esse dado. Quanto a idade, quando dividimos os pacientes em quartis, identificamos: crianças (0-9 anos) 1,88%, adolescentes (10-19 anos) 3,4%, adultos (20-59) 35,07%, e idosos (acima de 60 anos) 59,5%, com destaque para aqueles acima de 80 anos que perfaziam um total de 26% desta parcela. A média de casos de internação por ano na última década foi de 5.286, número que corresponde a 42/100.000 casos por habitantes no município de São Paulo. Nesse intervalo, destaca-se uma diminuição no número de casos a partir do ano de 2020 que, quando comparado ao ano de 2019, obteve uma redução de aproximadamente 15%. CONCLUSÕES: Nas variáveis analisadas, nota-se que os transtornos de condução e arritmias ocorrem em todas as faixas etárias, entretanto mostram-se prevalentes na população idosa. Embora a literatura demonstre os efeitos da infecção por COVID-19 no sistema de condução cardíaco, o número de notificações de internações por essa causa apresentou um decréscimo no período da pandemia que pode ser explicado pela subnotificação dos sistemas de saúde.

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