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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Associação do período de ocorrência da parada cardiorrespiratória intra-hospitalar com o retorno à circulação espontânea e com o óbito

Edson Luiz Favero Junior, Marcos Ferreira Minicucci, Felipe Rischini, Willian Sacco , Thomás Patto Marcondes, Ana Clara Bonini, Thiago Baumgratz, Cintia Mitsue Pereira, Danilo Martins, José Martins de Souza Neto
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - - SP - BRASIL

Introdução: Em hospitais de todo mundo, a implantação de Times de Resposta Rápida (TRR) garante melhora de assistência para pacientes internados que evoluem com deterioração clínica. Os pacientes internados em hospitais que não contam com essas equipes apresentam piores resultados de reanimação nos períodos noturnos e nos finais de semana.

Objetivo: Avaliar a taxa de retorno à circulação espontânea e o óbito intra-hospitalar em pacientes com parada cardiorrespiratória intra-hospitalar (PCRIH)quando comparados períodos noturnos com diurnos e finais de semana com dias de semana atendidas por um Time de Resposta Rápida.

Pacientes e Métodos: Trata-se de estudo de coorte retrospectiva que incluiu todos os pacientes com PCRIH que ocorreram no período de março de 2018 a dezembro de 2021. Os dados referentes ao período de ocorrência da parada cardiorrespiratória (PCR) foram registrados, bem como se houve retorno à circulação espontânea (RCE) e óbito intra-hospitalar. Realizamos regressões logísticas uni e multivariadas ajustadas pelas variáveis com diferença estatística nas análises univariadas e com base na literatura. O nível de significância adotado foi de 5%.

Resultados: Incluímos 387 pacientes neste estudo. A média de idade foi de 65,4 ±14,8, 53,7% eram homens, 91,2% evoluíram com ritmos não chocáveis, 50,6% dos eventos aconteceram durante o dia e 70,8% apresentaram PCR de segunda a sexta-feira. Entre os desfechos avaliados, a taxa de RCE foi de 42,9% e a mortalidade hospitalar foi de 94,3%. Na regressão logística múltipla, não houve diferença estatística quando comparamos o RCE dia versus noite (OR = 1,231; IC 0,823-1,843; p = 0,312), quando ajustado por sexo, idade, ritmo e tempo de PCR (OR = 1,111; IC 0,681-1,811; p = 0,674) e ajustado para idade, ritmo e tempo de PCR (OR = 1,111; 0,681-1,811; p = 0,674). No entanto, houve diferença estatística quando comparamos os resultados de RCE ocorridos durante a semana e finais de semana (OR = 1,566; IC = 0,999-2,455; p = 0,05), quando ajustado por sexo, idade, ritmo e tempo de PCR.

Conclusões: Não há diferença quando comparamos os eventos de PCRIH assistidos pelo TRR dia versus noite. No entanto, há diferença significativa quando comparamos eventos ocorridos durante a semana versus final de semana em relação ao RCE, mas não em relação ao óbito hospitalar.

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