SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

AORTA À DIREITA COM ANEL VASCULAR ESOFÁGICO E DIVERTÍCULO DE KOMMERELL COM LIGAMENTO ARTERIOSO ATÍPICO

EDUARDO HADAD CHERULLI, Gustavo Calado de Aguiar Ribeiro, Maurício Marson Lopes, Cledicyon ELoy da Costa, Fernando Antoniali , Amanda Müller Sacilotto
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS – PUCAMP - - SP - BRASIL

 

INTRODUÇÃO: Ao redor do mundo é estimado que cerca de 2 a 5% dos recém-nascidos apresentem algum tipo de malformação congênita, enquanto as malformações cardíacas correspondem a cerca de 40% desse valor. O anel vascular esofágico consiste na saída inapropriada de um tronco ou artéria do arco aórtico, o qual acaba por comprimir o esôfago. O Divertículo de Kommerell (DK) também têm potencial para causar ou ampliar tais sintomas de compressão extrínseca na via aérea e esofágica, uma vez que o mesmo pode crescer gradualmente formando um aneurisma. 

RELATO DE CASO: Paciente masculino, 3 meses, portador de anel vascular esofágico associado à dextroposição de aorta com Divertículo de Kommerell. Foi indicada cirurgia cardíaca corretiva do anel vascular devido a sintomatologia do paciente  (engasgos de repetição) e também a fim de evitar possíveis complicações futuras. Anatomicamente o paciente possui o arco aórtico anômalo, somada à aorta à direita, não apresentando tronco braquiocefálico, já que na base do arco aórtico ascendente já são encontradas a artéria carótida direita (ACD) e a artéria subclávia (AS). Seguindo o arco aórtico, houve apresentação da artéria carótida esquerda com anatomia normal, sendo seguida pela artéria subclávia esquerda com DK adjacente. Atipicamente, foi encontrado um ligamento arterioso saindo do DK em direção póstero inferior (sentido artéria pulmonar direita), o qual foi ligado não apresentando sangramento.

DISCUSSÃO: Devido à posição atípica da aorta a incisão para correção foi feita à direita, assim, a toracotomia que habitualmente é feita à esquerda, foi realizada à direita do paciente. Após a dissecção de vasos e estruturas foi observada a artéria subclávia esquerda anômala com trajeto retroesofágico, comprimindo a parede posterior do mesmo, junto ao Divertículo de Kommerell. Dessa forma, foi pinçada a ASE, sem importantes repercussões vasculares, exceto por diminuição leve do pulso radial. Assim, foi realizada ligadura e secção da ASE e do Divertículo de Kommerell, descomprimindo o esôfago. Ademais, o ligamento arterioso do DK mostrou-se como uma atipicidade, uma vez que há uma ausência de relatos do mesmo na literatura médica até então. 

CONCLUSÃO: O anel vascular esofágico é uma malformação congênita que deve ser corrigida o mais precocemente possível a fim de se evitar complicações. Suas repercussões cursam com estenose traqueal e esofágica. O DK possui relativa concomitância ao anel vascular, entretanto, no caso apresentado, o ligamento arterioso mostra-se como uma atipicidade desse paciente.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Parceria

Innovation Play

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

43º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

08 a 10 de junho de 2023