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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Risco cardiometabólico e composição corporal de adolescentes

Ana Bárbara Muniz Araújo, Juliana Raissa Oliveira Ricarte, Ashley Brito Valentim, Thayane Maria Tomé de Sousa, Renata Carmo de Assis, Isabele Dourado Barbosa, Julyana Maia Alves da Silva, Antonio Ciro de Holanda Neto, Leticia Sousa de Araújo, Carla Soraya Costa Maia
Universidade Estadual do Ceará - Fortaleza - Ceará - Brasil

Introdução: Os adolescentes são mais suscetíveis ao desenvolvimento de excesso de peso e de complicações a ele associadas, como doenças cardiovasculares, devido a diversas mudanças que podem impactar o consumo alimentar e a saúde. Para mensurar a probabilidade de doenças cardiometabólicas são utilizadas variáveis antropométricas como a circunferência da cintura (CC), do pescoço (CP) e a relação cintura-estatura (RCE) visto sua direta relação com o aumento da resistência à insulina, acúmulo de gordura abdominal e, assim, o aumento do risco cardiovascular. O objetivo do trabalho foi avaliar as variáveis antropométricas de risco cardiometabólico (RCM).

Métodos: Estudo transversal, composto por adolescentes matriculados na rede de ensino municipal de Fortaleza-CE. Foram analisadas as seguintes variáveis: Índice de Massa Corporal por Idade (IMC/I), CC, CP e RCE. O IMC/I foi analisado segundo a Organização Mundial de Saúde. A RCE foi classificada para risco de resistência à insulina conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes. A CC foi avaliada pelas recomendações de Cook et al. e a CP de acordo com o ponto de corte proposto por Nafiu et al. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética. Resultados:  A média de idade foi de 12,9 (desvio padrão=1,72) anos.

Tabela 1. Componentes antropométricos e RCM a partir de variáveis antropométricas.

Características

Total

(n=1001)

Masculino

(n=468)

Feminino

(n=533)

p valor

Média (DP)

Circunferência da cintura (cm)

69,34 (11,29)

70,18 (11,55)

68,60 (11,01)

0,027

RCM pela CC, 

Sim (%)

91 (9,1)

25 (5,3)

66 (12,4)

<0,001

Circunferência do pescoço (cm)

31,43 (3,54)

32,52 (3,75)

30,60 (3,12)

<0,001

RCM pela CP, 

Sim (%)

208 (31,7)

77 (27,1)

131 (35,1)

0,029

Relação cintura-estatura

0,44 (0,06)

0,45 (0,06)

0,44 (0,06)

0,643

RCM pela RCE,
Sim (%)

247 (24,7)

101 (21,6)

146 (27,4)

0,033

IMC/I, kg/m²

20,82 (4,62)

20,37 (4,33)

21,21 (4,83)

0,006

RCM IMC/I, n (%)

       

Sobrepeso

210 (21,0%)

91 (19,4%)

119 (22,3%)

0,480£

Obesidade

167 (16,7%)

75 (16,0%)

92 (17,3%)

Fonte: Elaborada pelos autores. p<0,05. Teste t de Student para amostras independentes; Teste Mann-Whitney; Testes qui-quadrado; Razão de verossimilhança£.

Conclusões: A CP foi a medida capaz de identificar maior prevalência de RCM sendo maior no sexo feminino. O IMC/I não mostra diferença entre os sexos. As adolescentes também apresentaram maior RCM considerando a CC, no entanto, a diferença entre os sexos não se manteve após ajuste de RCE.

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