Introdução: Os adolescentes são mais suscetíveis ao desenvolvimento de excesso de peso e de complicações a ele associadas, como doenças cardiovasculares, devido a diversas mudanças que podem impactar o consumo alimentar e a saúde. Para mensurar a probabilidade de doenças cardiometabólicas são utilizadas variáveis antropométricas como a circunferência da cintura (CC), do pescoço (CP) e a relação cintura-estatura (RCE) visto sua direta relação com o aumento da resistência à insulina, acúmulo de gordura abdominal e, assim, o aumento do risco cardiovascular. O objetivo do trabalho foi avaliar as variáveis antropométricas de risco cardiometabólico (RCM).
Métodos: Estudo transversal, composto por adolescentes matriculados na rede de ensino municipal de Fortaleza-CE. Foram analisadas as seguintes variáveis: Índice de Massa Corporal por Idade (IMC/I), CC, CP e RCE. O IMC/I foi analisado segundo a Organização Mundial de Saúde. A RCE foi classificada para risco de resistência à insulina conforme a Sociedade Brasileira de Diabetes. A CC foi avaliada pelas recomendações de Cook et al. e a CP de acordo com o ponto de corte proposto por Nafiu et al. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética. Resultados: A média de idade foi de 12,9 (desvio padrão=1,72) anos.
Tabela 1. Componentes antropométricos e RCM a partir de variáveis antropométricas.
Fonte: Elaborada pelos autores. p<0,05. Teste t de Student para amostras independentes; Teste Mann-Whitney†; Testes qui-quadrado⊄; Razão de verossimilhança£.
Conclusões: A CP foi a medida capaz de identificar maior prevalência de RCM sendo maior no sexo feminino. O IMC/I não mostra diferença entre os sexos. As adolescentes também apresentaram maior RCM considerando a CC, no entanto, a diferença entre os sexos não se manteve após ajuste de RCE.