Introdução: O aneurisma de artéria coronária é definido como uma dilatação focal do diâmetro arterial superior a uma vez e meia o diâmetro do vaso normal. O estudo histológico demonstra hialinização difusa, depósitos de lipídios, ruptura da íntima, calcificação da média, fibrose focal e hemorragia intramural. Essas áreas, mesmo se não associadas à estenose, estão sujeitas a espasmos, tromboses, embolias e dissecções espontâneas, que são potenciais causas de síndromes coronarianas agudas. A prevalência na literatura em pacientes submetidos à coronariografia varia entre 0,15% e 4,9%. O que se sabe sobre sua patogenia, além da suscetibilidade genética e da associação com doença aterosclerótica, é que também são correlacionadas à outras doenças como Kawasaki, Marfan,pós-infecciosa e iatrogênica após manipulação intracoronária.Relato de caso:M.R.F.S., mulher, 63 anos, HAS e tabagista, quadro de precordialgia típica com 5 horas de duração, sudorese fria e hipotensão, trombolizada na origem sem critérios de reperfusão, onde apresentou PCR, revertida após 4 ciclos. Admitida em nosso serviço comdrogas vasoativas. ECG com supra ST em parece inferior (imagem 1). ECOTT com Acinesia inferosseptal,DSVE moderado (FEVE 31% - Simpson). Hemodinâmica: TCE bifurcado, observa-se aneurisma estendendo-se para terço proximal de ADA e ramo diagonal, sem lesões obstrutivas. Ramo Dg exibe grande aneurisma em terço proximal , isento de estenoses. ACD (dominante)exibe aneurisma difuso, do terço proximal ao médio com imagem negativa em terço médio sugestiva de trombo luminal e imagem focal, em segmento médio distal, sugestiva de lesão instável (napking ring- imagem 2). O fluxo do meio de contraste através de ACD e seus ramos tem aspecto normal.Paciente evolui a óbito após dois dias. Discussão/Conclusão: Esse caso ilustra uma manifestação típica de aneurisma de artéria coronária com trombose luminal. A estratégia terapêutica adotada foi a anticoagulação. O tratamento dos aneurismas coronários envolve terapia de antiagregação plaquetária e anticoagulação. Os aneurismas muito grandes e/ou multiarteriais têm sido tratados com enxertos vasculares coronários.Existem poucas descrições cirúrgicas para o tratamento de aneurismas das artérias coronárias, permanecendo controvérsias sobre a melhor opção terapêutica, demonstrando a necessidade de se realizar mais estudos sobre o tema.
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