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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Influência da empagliflozina na remodelação cardíaca induzida pela exposição à fumaça de cigarros

Taline Lazzarin, Angelo Thompson Colombo Lo, Raquel Simões Ballarin, Djon Henrique Salomé de Campos, Matheus Augusto Callegari, Priscila Portugal dos Santos, Mariana de Souza Dorna, Silmeia Garcia Zanati, Marcos Ferreira Minicucci, Paula Schmidt Azevedo
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - - SP - BRASIL

Introdução: A exposição à fumaça de cigarros pode promover alterações moleculares, celulares e intersticiais que caracterizam a remodelação cardíaca (RC), resultando clinicamente em insuficiência cardíaca.  Inibidores de SGLT2 como a empagliflozina (EMPA) vem ganhando espaço no tratamento da insuficiência cardíaca. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o papel da EMPA na RC induzida pela fumaça de cigarro. Métodos: Foram utilizados 60 ratos wistar machos, com peso de 200-250 gramas, divididos em grupo C (controle) sem tratamento algum; grupo E (empagliflozina) que consumiram o medicamento; grupo F composto por animais expostos à fumaça de cigarro e grupo FE (expostos ao fumo e receberam empagliflozina). As exposições ao fumo ocorriam 4 vezes ao dia. Foram utilizados 10 cigarros para cada exposição, por 60 dias. A administração de EMPA foi na dosagem de 10mg/kg peso corporal na ração, também por 60 dias. Após esse período foram realizadas a medida da pressão arterial, ecocardiograma, dosagens bioquímicas, análise histológica, imunofluorescência e western blot para verificar a expressão da SIRT1, PCGα e PPARα. As análises estatísticas foram realizadas com o programa SigmaPlot (versão 12.0). O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A disfunção sistólica apresentada pelo ecocardiograma, por meio da porcentagem de encurtamento endocárdico foi significativamente diferente entre os grupos, sendo menor no grupo F em relação aos grupos C e FE (C: 59,8±2,2% vs E: 59,9±2,1% vs F: 52,6±4,7% vs FE: 58,9±3,7%). Quanto à fração de ejeção também houve diferença estatística entre os grupos (C: 0,93±0,01; E: 0,93±0,01; F: 0,89±0,03; FE: 0,93±0,02), sendo também menor no grupo F em comparação com os grupos C e FE. Também foram encontradas diferenças na disfunção diastólica, avaliada pelo tempo de relaxamento isovolumétrico normalizado pela frequência cardíaca (C: 22,6±3,3; E: 24,3±1,8; F: 30,1±5,3; FE: 24,5±2,8), em que o Grupo F teve valores maiores em relação aso grupos C e FE. Não foram encontradas diferenças entre nos índices glicêmicos, dados bioquímicos, expressão proteica ou histologia cardíaca entre os grupos. Conclusão: A empagliflozina atenuou a remodelação cardíaca induzida pelo fumo, porém as vias metabólicas investigadas não participaram desse processo.

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