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TREINO MUSCULAR INSPIRATÓRIO E ORIENTAÇÃO DE EXERCÍCIOS Á PACIENTES SUBMETIDOS A GASTROSTOMIA POR DOENÇA ONCOLÓGICA – ESTUDO PILOTO.

Bruno Fernandes Costa Ferreira, Camila Vitelli Molinari, Vivian Bertoni Xavier, Vera Lúcia dos Santos Alves
SANTA CASA DE SÃO PAULO - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: As cirurgias abdominais por acometimento oncológico podem afetar de modo negativo a vida dos pacientes, e a reabilitação pré-operatória com o treinamento muscular respiratório (TMR) pode auxiliar a recuperação e reduzir riscos de complicações cirúrgicas.  

Objetivo: Verificar a efetividade do TMR associado a orientação de exercícios domiciliares a pacientes com programação de gastrostomia por doença oncológica.

Método: Estudo piloto prospectivo clínico não controlado da avaliação da efetividade do TMR associado a orientação de exercícios domiciliares no pré-operatório de gastrostomia total ou parcial por adenocarcinoma gástrico. Os pacientes com indicação cirúrgica, foram encaminhados ao Serviço de Fisioterapia para avaliação, realizada com a medida da força muscular inspiratória (PIMáx), força de preensão palmar (FPP) e o teste do senta e levanta de um minuto (TSL1M). Seguido de orientação de caminhada de 30 min, exercícios resistidos de membros superiores, ambos diariamente, e TMR com 50% da PIMáx 3 vezes de 10 repetições 2 vezes/dia. Seguida da reavaliação com as mesmas medidas iniciais no ato de internação pré cirúrgica.

Resultado: Foram avaliados 9 pacientes destes, 4 gastrectomias parciais e 5 totais, 65% homens com média de idade 66,11±7,15 anos, IMC 22,01±4,22 kg/cm2, entre julho e dezembro de 2022. As medidas avaliadas pré e pós treinamento foram respectivamente: hemoglobina 12,69±2,86g/dl e 10,46±46 g/dl, FPP 28,64±10,82kg e 30,84±17,21kg, PIMáx 40,11±26,85 e 45,67±24,34, frequência cardíaca máxima no TSL1M 91,67±24,82bpm e 91,50±11,90bpm, saturação de oxigênio 97,67±1,32% e 90,67±9,91% e número de movimentos realizados 23,89±8,72 e 22,50±10,69. O tempo de treino apresentou média de 20,78±11,08 dias, com 2 óbitos no pós-operatório imediato e a média de internação de 9,78±11,12 dias. Após a alta hospitalar, 4 pacientes seguem em quimioterapia e 3 em acompanhamento sem novos procedimentos programados. Um paciente apresentou necessidade de nova cirurgia por fístula, realizada na mesma internação, com 39 dias de hospitalização.

Conclusão: Em pacientes submetidos a TMR e orientações de exercício domiciliar, 78% relataram ser assíduos as orientações, e apesar da baixa resposta no TSL1M, a PIMáx apresentou acréscimo de 30%. Vale ressaltar que a doença oncológica gástrica dificulta a absorção de nutrientes e debilita rapidamente o organismo, o que pode ser avaliado na medida da hemoglobina pré e pós treinamento.

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