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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES EM SEGUIMENTO AMBULATORIAL COM ANGINA REFRATÁRIA

Tallita Costa Reis, Matheus Santos Moitinho, Barbara dos Santos Sampaio Ferreira, Luiz Aparecido Bortolotto, Sirlei Cristina da Silva, Jurema da Silva Herbas Palomo, Luis Henrique Wolff Gowdak
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Introdução: A angina refratária é definida pela presença de sintomas anginosos extenuantes, limitantes e duradouro, por um período maior que três meses, mediante isquemia miocárdica na presença de doença arterial coronariana. Os sintomas persistentes de angina são debilitantes e podem afetar negativamente a qualidade de vida (QV). Objetivo: Analisar a relação entre angina e qualidade de vida em pacientes com angina refratária. Métodos: Estudo transversal descritivo, realizado por entrevista clínica estruturada e aplicação do Questionário de Angina de Seattle e do Qualidade de Vida Short Form 36 (SF-36) em pacientes com angina refratária em seguimento ambulatorial. Os pacientes foram divididos, mediante critério de frequência de angina em angina não recorrente e angina recorrente (AR). Para as variáveis contínuas, foram utilizados teste t-student, com correção de welch ou Mann-Whitney, para as variáveis categorias, χ2 de Pearson com correção de Yates ou Exato de Fisher. Para análise linear, correlação de Pearson e regressão line­­a­r multivariada, ajustadas aos fatores de confusão, adotando Intervalo de Confiança de 95% e valor de p<0,05. Resultado: Dos 148 recrutados, uma amostra de 30 pacientes foi obtida com idade média de 62±10 anos. O sexo masculino foi mais prevalente 70%, autodeclararam brancos 50% e casados 87,6%. Houve significância estatística na associação entre pacientes que coabitavam com o cônjuge e AR (83,3%; p=0,045). O grupo AR esteve associado à maior prevalência de angina nível IV da classificação Canadian Cardiovascular Society (78,6%; p=0,0004). Houve correlações positivas entre QV com a idade mais avançada (r=0,314, p=0,045) e os domínios aspectos emocionais-SF-36 (r=0,317, p=0,044) e estado geral de saúde-SF-36(r=0,427, p =0,009) e correlação negativa entre QV e o índice de massa corporal (IMC) (r=-0,539 p =0,001). Na regressão linear, o IMC se demostrou como preditor independente, sendo que, a cada variação de unidade de IMC, apresentam em média -1,6 pontos no QV [β:-1.6; Intervalo de Confiança(95%):(0,66)-(-3,06); P=0,021;R2=0.222]. Conclusão: Pacientes que coabitavam com o cônjuge foram associados com angina mais frequente. Houve correlação negativa do aumento do IMC com a piora da qualidade vida relacionada a angina. Ademais, a despeito da ausência de significância estatística o grupo com AR obteve piores escores QV. Na regressão linear múltipla o IMC foi um preditor independente de pior QV.

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