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Implante de válvula aórtica transcatéter em paciente com falência de bioprótese no pós-operatório tardio de cirurgia de Bentall.

Angelo Henrique Refatti Silva, Ricardo Ducheski Mattiuzzi, Ana Carolina Pedrazza, Lucas Ernani Nunes, Sergio Gustavo Tarbini, Costantino Roberto Costantini, Costantino Costantini Ortiz, Vinicius Shibata Ferrari, Leonardo Iezzi De Moraes, Marcos Denk
HOSPITAL CARDIOLÓGICO CONSTANTINI - - PR - BRASIL

Introdução:

Nas últimas décadas o implante valvar aórtico transcatéter tem se consolidado como um tratamento viável, principalmente nos pacientes de risco cirúrgico proibitivo e com estenose aórtica. Porém, ainda é escassa a literatura acerca deste tratamento na insuficiência aórtica pura, seja em valva nativa ou bioprótese degenerada, e ainda mais raros naqueles com presença de tubos valvados (cirurgia de Bentall). O principal desafio neste cenário é a ausência de calcificação o que dificulta a visualização e ancoragem adequada da prótese.

Caso clínico:

Masculino, 83 anos, portador de doença renal crônica não dialítica, doença coronariana, flutter atrial paroxístico, hipertensão pulmonar e marca-passo por bloqueio atriventricular total. Realizou a cirurgia de Bentall em 2010 por insuficiência aórtica importante e dilatação aneurismática da aorta ascendente. Evoluiu com sinais de insuficiência cardíaca 12 anos após o procedimento cirúrgico, classe funcional III da classificação da New York Heart Association (NYHA).

O ecocardiograma transesofágico demonstrou abertura adequeada dos folhetos da valva aórtica (gradientes máximo e médio de 24 mmHg e 12 mmHg) com regurgitação importante, ventrículo esquerdo com hipertrofia excêntrica e função sistólica global preservada. O cateterismo cardíaco não demonstrou novas lesões coronarianas severas.

Paciente não elegível para nova cirurgica considerando o alto risco de mortalidade, conforme o Euroscore II (8,63%) e o Society of Thoracic Surgeons (STS) de 12,18%. Definido pelo Heart Team  por troca valvar aórtica via transcatéter.

O procedimento ocorreu sob anestesia geral, utilizando a via transfemoral guiada por fluoroscopia. Implantada uma prótese balão expansível Myval 24,5, sob rápida frequência ventricular, mantendo os óstios coronários protegidos, sem complicações vasculares e sem sinais de regurgitação ao ecocardiograma transesófagico com gradiente transvalvar máximo e médio de 17 mmHg e 8 mmHg, respectivamente. No dia seguinte, o ecocardiograma de controle não demonstrou regurgitação ou leak paravalvar. Houve alta hospitalar 5 dias após o procedimento, sem intercorrências.

Conclusão

Concluímos que apesar da etiologia puramente regurgitativa da disfunção protética, a realização do implante de nova prótese aórtica transcatéter (valve-in-valve) é viável nestas condições, desde que executada em centros de alta expertise após refinado planejamento.

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