Diversos estudos identificaram maior risco de complicações e mortalidade entre os idosos frágeis submetidos a cirurgias cardiovasculares. A identificação de fragilidade é necessária para que se possam programar as intervenções multidimensionais, reduzindo ou adiando os desfechos adversos bem como para prognosticar riscos.Objetivo: verificar a prevalência de fragilidade, por meio da Escala de Fragilidade do Cardiovascular Health Study, em pacientes idosos submetidos à cirurgia cardíaca, e correlacionar com dados de internação em um hospital terciário do Estado de São Paulo.Método: estudo observacional, longitudinal. Pacientes com 3 a 5 pontos na EFCHS foram considerados frágeis; 1 ou 2 pontos foram considerados pré-frágeis; e zero pontos foram considerados não-frágeis. Foram analisados o tempo médio em dias de: ventilação mecânica, internação em UTI, internação hospitalar, e reintubações, além de verificar a incidência de traqueostomias e a mortalidade intra-hospitalar, e correlacionar com fragilidade.Resultados: Foram incluídos 71 idosos (25 frágeis e 46 pré-frágeis) com idade média de 67,76 anos. Houve diferença estatisticamente significante relacionado ao tempo de internação em UTI, sendo que os pacientes frágeis ficaram, em média, 7,30 dias internados na UTI e os pré-frágeis, em média, 4,67 dias (p=0,041).Conclusão: A prevalência de fragilidade em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca foi de 35% na população estudada, e isso determinou um maior tempo de internação na UTI quando comparado à indivíduos pré-frágeis.