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APOLIPOPROTEÍNA A-I (ApoA-I) COMO PREDITORA DE MORTALIDADE EM MULHERES COM CÂNCER DE MAMA: 7 ANOS DA COORTE HEALTH WOMEN

Rute Mattos Dourado Esteves Justa, Ingrid Mags Carvalho de Almeida, Vitória Maria Queiroz Machado, Sara Maria Moreira Lima Verde, Nágila Raquel Teixeira Damasceno
Faculdade de Saúde Pública, USP - SP - SP - BRA, Universidade Estadual do Ceará, UECE - Fortaleza - CE - BRA

Introdução: A Apolipoproteína A-I (ApoA-I) tem mostrado papel relevante na funcionalidade da lipoproteína de alta densidade (HDL) devido sua ação pleiotrópica ao nível antioxidante, anti-inflamatória, antitrombótica e antiproliferativa. Com base nessas funções, é plausível que a ApoA-I exerça papel importante no desenvolvimento e prognóstico clínico do câncer.Objetivo: Avaliar o potencial preditor da Apo A-I na mortalidade em mulheres com câncer de mama (CM) após 7 anos de diagnóstico e tratamento cirúrgico. Metodologia: Foram selecionadas 99 mulheres pertencentes à Coorte “Health Women". A partir dessa amostra, no momento basal (T=0, anos 2010-2011) foram avaliadas características clínicas (idade de menarca, estado de menopausa, tabagismo, consumo de álcool e estado nutricional), demográficas (idade, nuliparidade e amamentação) e tumorais (estadiamento clínico e molecular). Além disso, foram coletadas amostras de sangue após jejum de 12h e a partir do plasma foram analisados o perfil lipídico (CT, LDL-c, HDL-c, triacilgliceróis) e apolipoproteínas (Apo A-I e B). Das 99 mulheres incluídas no T=0, 41 permaneceram em seguimento (T=1) e foram avaliadas quanto às informações de saúde (recidiva tumoral, anos livre de câncer e mortalidade total e por câncer de mama). O tempo de acompanhamento foi de 73 (DP=20; mínimo=6; máximo=92) meses. As pacientes avaliadas no T0 e T1 tinham, respectivamente, idade média de 50 (DP=11,0) e de 55 (DP=10,67) anos.No T0, mulheres que vieram a óbito durante o seguimento (n=13) apresentaram concentrações menores de Apo A-I (104,95 mg/dL versus 123,85 mg/dL, p=0,016) quando comparadas àquelas que sobreviveram (n=28). Ao longo do seguimento, apenas 14,3% das mulheres com valores de Apo A-I > p50 faleceram, tendo sido observada uma redução de 83,3% no risco de morte por todas as causas (OR= 0,167; IC95%=0,037-0,750; p=0,020) e tendência a maior tempo de sobrevida médio (83,7 versus 75,1 meses; p=0,084) nesse grupo. Conclusão: Mulheres com menor conteúdo de Apo A-I no momento do diagnóstico apresentaram maior taxa de mortalidade após 7 anos de seguimento.

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