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Teleconferência de ato cirúrgico: uma solução para melhoria da qualidade e segurança em procedimentos cirúrgicos

Fabio Jatene, Rosangela Monteiro, Guilherme Rabello, Bianca Meneghini, Vinicius Nina, Camila Carvalheira, Maria Raquel Massoti, Norman Colina, Alfredo Fiorelli, Marcelo Jatene
Instituto do Coração do HCFMUSP - São Paulo - SP - Brasil, Hospital Universitário da UFMA - São Luis - MA - Brasil

Introdução: Em esforço para melhorar as limitações da orientação cirúrgica presencial, a teleconferência de ato cirúrgico pode ser implementada como uma importante ferramenta para o cenário real. Não há descrito hoje o uso de uma plataforma cujas funcionalidades permitam a interface funcional e de fácil interatividade entre os usuários e, que contemple a transmissão de dados cirúrgicos e imagens do procedimento em tempo real, garantindo a consultoria e assistência simultaneamente. Objetivo: Desenvolver uma Plataforma Nacional de Teleconferência de Ato Cirúrgico (TAC), que garanta a monitorização remota por equipe multidisciplinar e propicie a realização de cirurgias com maior qualidade e segurança em hospitais afastados dos grandes centros. Método: O projeto contemplou o desenvolvimento da plataforma TAC e a implantação de duas salas: a sala de monitoramento, sediada no centro coordenador, e a sala cirúrgica, no centro monitorado. Foram realizados 10 procedimentos de complexidades diversas para correção de cardiopatias congênitas acompanhados, em tempo real, por equipe multidisciplinar do centro coordenador. Os casos cirúrgicos foram enviados pelo centro monitorado através da plataforma REDCap. Após cada procedimento, foram preenchidos formulários de avaliação para documentar as intervenções de orientação e avaliar a experiência. A gravação dos procedimentos foi armazenada na plataforma para posterior debriefing. Resultados: O desenvolvimento da plataforma TAC foi realizado com sucesso e, utilizando tecnologias como a internet das coisas (IoT), foi possível obter uma transmissão de qualidade em tempo real. A interação garantiu ao centro monitorado acesso a informações e troca de experiência relevantes para um procedimento cirúrgico seguro. Quanto à experiência adquirida pelo centro monitorado, foi relatado pela equipe que, 70% dos participantes sentiram mais segurança no caso após o briefing cirúrgico, além de reportarem que a conexão com os colegas foi melhor, houve mais cautela ao realizarem o procedimento e, os esforços durante o procedimento para garantir menor impacto ao paciente foram maiores. Além disso, 60% relataram que, ao serem monitorados, não perderam sua autonomia tampouco sentiram-se expostos com a experiência. Assim, 80% dos participantes relataram sentir satisfação ao realizar o procedimento, bem como ganho com a experiência. Conclusão: O TAC se mostrou eficiente e de grande utilidade nos procedimentos realizados em centros afastados, possibilitando a orientação multiprofissional e garantindo a otimização dos procedimentos. 

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