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Oclusão do apêndice atrial esquerdo com prótese LAmbre®: Resultados de um centro de referência

Carolina Pires, Ana Carolina Galuban, Jorge Koroishi, Jairo Pinheiro, Carlos Pedra, Leonardo Guimarães, Victor Galoro, Flavia Sakamoto, Luciano Holanda
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

 

 

Introdução:

  A oclusão do apêndice atrial esquerdo (AAE) é uma estratégia alternativa para prevenção de eventos embólicos nos pacientes com fibrilação atrial (FA). O ecocardiograma transesofágico (ETE) apresenta papel importante para seleção de pacientes aptos para o procedimento, bem como guiar o intraoperatório e o seguimento pós procedimento.

Objetivos:

  Descrever a segurança e efeitos sobre parâmetros ecocardiográficos de pacientes submetidos a oclusão do AAE com a prótese LAmbre®, em hospital de referência de São Paulo.

 

Métodos:

  Avaliação dos pacientes portadores de FA permanente, não valvar, com escore CHADS2VASC ≥ 2, e contraindicação ao uso de anticoagulante oral, que foram submetidos ao implante da prótese LAmbre® para oclusão de AAE. Todos os procedimentos foram realizados em sala híbrida sob monitorização do ETE, no período de Junho de 2019 até Novembro de 2022.

 

Resultados:

 Grupo de 13 pacientes, sendo 8 do sexo masculino, com idade 76 ± 9 anos e escore de CHADSVASC médio 3 ± 1. O Procedimento foi realizado sem intercorrências em todos os pacientes. O ETE têm papel fundamental  no auxílio da punção transeptal, na definição do tamanho adequado da prótese, e avaliação de possíveis complicações imediatas do procedimento. Houve um caso de procedimento combinado com implante de MitraClip para tratamento de insuficiência mitral importante e outro com fechamento de shunt interatrial após punção transseptal com prótese Cera 18-18. No seguimento de 3 meses após a oclusão, mantido com dupla antiagregação por 30 dias e posteriormente apenas ácido acetilsalicílico, não identificamos nenhum evento clínico relacionado ao procedimento e acidente vascular cerebral cardiembólico.

Conclusão:

 O uso do dispositivo LAmbre® mostrou-se seguro, e ETE foi fundamental na monitorização do procedimento e das complicações imediatas relacionadas ao mesmo. Sendo uma alternativa na profilaxia de embolização sistêmica no paciente portador de FA. 

 

 

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