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Utilização da Velocidade de Onda de Pulso no Auxílio Terapêutico em Hipertensão de Difícil Controle

Bruno Nogueira, Rui Póvoa, Teresa Bombig, Simone Fischer, Cristina Izar, Francisco Fonseca, Henrique Tria Bianco
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

 

Introdução O controle pressórico é essencial em pacientes hipertensos, com evidências robustas de lesão de órgão alvo (LOA) quando não há o atingimento das metas pré-definidas. A despeito de melhor compreensão da fisiopatologia da hipertensão (HAS), o risco residual ainda é elevado, e em algumas situações clínicas, em que o controle pressórico é considerado satisfatório pelos métodos tradicionais de avaliação, observamos a evolução da doença, LOA e aumento de desfechos cardiovasculares. As LOA não ocorrem somente por cifras tensionais alteradas, mas também influenciadas pela inflamação arterial, estresse oxidativo, que impõem aceleração do envelhecimento vascular. Dentro deste contexto, a utilização da Velocidade de Onda de Pulso (VOP) como marcador de risco cardiovascular, tem ganhado notoriedade, com evidências desta ser um adjuvante e um marcador de risco independente.

Identificação: MDB, 80 a, viúva, natural/ procedente de São José dos Campos. Assintomática. Em avaliação periódica verificaram que a pressão arterial estava alta e foi medicada com dois fármacos anti-hipertensivos. Como não atingiu a meta, foram associados fármacos. Em uso de: Olmesartana + Hct 40/25 mg, Lercanidipino 10 mg e Nebivolol 5 mg.

Exame Físico: BEG, eupneica, consciente, orientada, corada, hidratada.

PA: 168x90 mmHg; Peso= 73 kg; Altura= 162 cm; IMC: 27,8.

Ecocardiograma: Massa do VE= 78,13 g/m2, FEVE: 70%; Disfunção diastólica grau I, Insuficiência mitral e Aórtica discretas.

MAPA 24 h: PT: 117x62 mmHg; PV:121x64 mmHg; PS:109x56 mmHg; Descenso sono: 12% (PAS e PAD)

Análise de Onda de Pulso: (Fig.1)

Cd: Perindopril/Anlodipina/Indapamida (10/10/2,5 mg)

Retorno em 2 meses para nova avaliação -Análise de Onda de Pulso: (Fig.2)

Resultados: O caso ilustra o que a literatura médica tem mostrado em relação ao processo de disfunção endotelial, estresse oxidativo e rigidez arterial relacionado à doença hipertensiva, e que a utilização da VOP tem se revelado uma aliada na detecção de risco residual e auxílio na decisão terapêutica.

Conclusão: A análise da VOP permitiu uma individualização terapêutica, considerando a adesão medicamentosa, e possível atuação do perindopril na preservação do sistema calicreína-cinina, permitindo melhora dos parâmetros centrais, e com desaceleração do envelhecimento vascular.

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