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ESTUDO TRANSVERSAL DE ANGIOTOMOGRAFIA DE CORONÁRIAS E IMAGENS RETINIANAS DIGITAIS EM DIABÉTICOS: EXISTE ASSOCIAÇÃO?

ANDRE CHATEAUBRIAND, EDUARDO LIMA, PETER JACOBSEN, CESAR NOMURA, ROBERTO NERY, SIMÃO LOTTENBERG, SERGIO PIMENTEL, LIVIA CONCI, RENATA MAIA, CARLOS SERRANO
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, University of Copenhagen - Copenhagen - Hovedstaden - Dinamarca

Introdução: A retinopatia diabética (RD) é a principal complicação microvascular do diabetes mellitus (DM). A avaliação diagnóstica e o tratamento da RD tiveram um progresso notável com o advento da tomografia de coerência óptica – domínio espectral (SD-OCT) e angiografia (OCTA). Estudos recentes sugerem uma forte associação entre complicações microvasculares e macrovasculares do DM, em especial entre RD e doença arterial coronária (DAC). Objetivo: Investigar a associação entre a presença e gravidade de DAC e de RD em pacientes diabéticos através dos métodos não invasivos mais avançados atualmente disponíveis: angiotomografia de coronárias e SD-OCT e OCTA, respectivamente. Métodos: estudo unicêntrico, transversal, monocego. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de diabetes mellitus que haviam realizado angiotomografia de coronárias nos últimos 3 anos(indicação independente). Foram submetidos à avaliação oftalmológica detalhada com SD-OCT, OCTA e retinoscopia wide-field.  Análise: Divididos em dois grupos de acordo com presença ou não de DAC e comparados. Avaliada a associação entre DAC e RD através de análise univariada e multivariada e realizada pesquisa de preditores independentes de RD. Resultados: Foram incluídos 171 pacientes, sendo 87 com DAC e 84 sem DAC. Os pacientes com DAC eram mais frequentemente do sexo masculino (73,6% vs 38,1%, P<0,001) e tinham maior prevalência de uso de insulina (51,7% vs 37,7%, p=0,005). Deste grupo, 64,4% já haviam submetidos a algum tipo de revascularização (19,6% percutânea, 37,9% cirúrgica e 6,9% percutânea e cirúrgica). Quanto à avaliação oftalmológica, este grupo apresentou maior prevalência de RD (48,2% vs 22,6%, P=0,001). Foram achados mais frequentes nesse grupo: microaneurismas (25,3% vs 13,1%, p=0,043), cistos intrarretinianos (21,9% vs 8,3% sem DAC, P=0,014), bem como áreas de isquemia no plexo capilar superficial (46% vs 20,2%, P<0,001) e no profundo (39% vs 21,4%, P<0,012). Houve ainda menor densidade vascular média 15,7 vs 16,55, P=0,049) e menor circularidade da zona avascular foveal 0,647± 0,09 vs 0,69± 0,1, p= 0,041). Em modelo ajustado a presença de DAC teve um efeito positivo na chance de os pacientes apresentarem RD (OR 4,05 [1,40 -11,66], p=0,009). Foram preditores independentes da presença de RD: presença de DAC, duração do DM e uso de insulina. Conclusão: A presença de DAC associou-se a maior chance de apresentar RD e foi preditor independente de RD. Maior duração do DM e uso de insulina foram também preditores independentes de RD.

 

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