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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

O impacto de uma clínica ambulatorial dirigida por Nurse Practitioners (NP) no seguimento de pacientes em fase de pós-descompensação da insuficiência cardíaca.

Duval K, Blais M, Dallaire C, Gallani MCBJ
Universidade de Laval - Cidade de Quebec - QB - Canadá

Introdução: As hospitalizações por descompensação da insuficiência cardíaca (IC) geram altos custos individuais e sociais. Uma clínica ambulatorial dirigida por Nurse Practitioners (NP)  foi criada em um hospital universitário terciário de Québec visando intensificar a gestão ambulatorial de pacientes em vigência de descompensação aguda de IC, com a finalidade de evitar a hospitalização ou de reduzir sua duração, facilitando o retorno do paciente ao domicílio. Objetivos: Apresentar as características dos pacientes admitidos na clínica ambulatorial, assim como descrever sua evolução na adesão ao autocuidado, seus níveis de ansiedade, depressão e estresse, além da sua percepção na capacidade física e na qualidade de vida ao longo do acompanhamento. Método: Estudo prospectivo, descritivo, longitudinal e correlacional com análise do paciente desde a admissão até 3 meses após a última consulta. Foram realizadas 3 ondas de coleta de dados de 29 pacientes :  na admissão (T0), dois meses após T0 (T1) e 3 meses após a última consulta (T2). As medidas utilizadas nos 3 tempos  foram:  European Heart Failure Self-care Behavior Scale-9 (EHFScB-9); escala de Depressão, Ansiedade e Estresse (DASS-21), Questionário de Atividade Específica para Veteranos (VSAQ) e o Questionário Minnesota Vivendo com Insuficiência Cardíaca (MHLFQ). Os dados sociodemográficos e clínicos foram obtidos em T0. Para análise dos dados foram empregadas análises de medidas repetidas à um fator (fator "tempo" a três níveis T0, T1 e T2). Foi empregado teste de correlação para o exame das relações entre as variáveis psicossociais. Foi adotado um nível de significância de p < 0,05. Resultados: Os pacientes eram majoritariamente homens (69%), com uma idade média de 74 anos, aposentados (83%), vivendo com um parceiro (52%). A classe funcional da NYHA era de II ou III para 79% dos pacientes que eram também acometidos de numerosas comorbidades. Nao foi constatada diferença significativa no aumento dos comportamentos de auto-cuidado, assim como da melhora da capacidade de atividade física. No entanto, a diminuiçao dos níveis de ansiedade, depressão e estresse foram estatisticamente significantes assim como o pequeno aumento  na percepção de qualidade de vida. Foram observadas correlações entre qualidade de vida e capacidade física nos 3 tempos e entre qualidade de vida e auto-cuidado em T0. Conclusão: Estes resultados nos permitem identificar melhor o perfil e a evolução dos pacientes e orientar os enfermeiros sobre as prioridades no seu acompanhamento.

 

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