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Ação de células tronco mesenquimais na inducibilidade arritmogênica ventricular em ratas com infarto agudo de miocárdio

Larissa Emília Seibt, Ednei Luiz Antonio , Ighor Luiz Azevedo Teixeira , Helenita Antonia de Oliveira, Luís Felipe Neves dos Santos, André Rodrigues Lourenço Dias , Andrey Jorge Serra
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

As informações disponíveis sobre os efeitos antiarrítmicos das células tronco mesenquimais (CTM) são escassas e inconclusivas. Assim, o objetivo deste estudo foi examinar a repercussão antiarrítmica das CTM do tecido adiposo (CTMAs) em animais com infarto de miocárdio (IM). O estudo contemplou três grupos experimentais: Sham, submetido a cirurgia simulada para induzir IM e injeção intramiocárdica de salina; IMS, infartado por oclusão coronariana e submetido a injeção intramiocárdica de salina; IM+CTMAs, infartado por oclusão coronariana e submetido a injeção intramiocárdica de CTMAs. As injeções foram realizadas três dias após as cirurgias e o experimento de inducibilidade arritmogênica conduzido no 5º dia de experimentação; todos os animais foram eutanasiados no 5º dia de experimento para coleta e congelamento do miocárdio infartado e remoto. Somente 35% dos animais do grupo IM+CTMAs desenvolveram arritmias ventriculares, enquanto a incidência de arritmias foi de 65% no grupo IMS. A proporção de TV não (TVNS) e sustentada e fibrilação ventricular foi semelhante entre os grupos IM e IM+CTMAs. O único benefício das CTMAs residiu em reduzir a duração da TVNS. Não identificamos diferenças significantes entre os grupos experimentais para os níveis de IL-16 e IL-10 nas áreas infartadas e remota. Todavia, as CTMAs preveniram o aumento da IL-1β nas áreas distintas do miocardio. Notou-se maior conteúdo de TNF-α no miocárdico remoto ao infarto e ambos os grupos infartados exibiram expressão menor do TNF-α na área infartada. Houve maior carbonilação e teor de 4-hidroxinonenal (4-HNE, um marcador de lipoperoxidação) no miocárdio das ratas infartadas, porém, as CTMAs atenuaram o aumento do 4-HNE na área infartada. O IM reduziu o conteúdo de conexina 43 na área remota, mas sem modificação na área infartada. Interessante, o transplante de CTMAs elevou o teor conexina 43 na área remota, inclusive acima dos níveis identificados para o grupo Sham. Em conclusão, as CTMAs têm ação protetora para o desenvolvimento de arritmias, porém, não impetra benefícios expressivos para os animais que desenvolveram arritmias ventriculares. É possível pensar que a cardioproteção das CTMAs envolva ações anti-inflamatórias/oxidantes e melhora na formação de junções comunicantes. 

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