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Síndrome compartimental em membro superior pós cateterismo cardíaco

Júlia Monserrat Pinto Carceres, Gustavo Augusto Gioppato, Aline Martins Adegas Choaib, Lorena Fernandes Melo Silva, Eduardo Hadad Cherulli, Ian Henrique da Silva Pereira, Amanda Bishop Perseguim, Tiago Seiki Gushiken Petrucci, Ana Carolina C Junqueira Emboaba , Otacílio de Camargo Junior
PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS – PUCAMP - - SP - BRASIL

 

Síndrome compartimental em membro superior pós cateterismo cardíaco

 

Introdução: A síndrome compartimental é uma condição clínica definida como o aumento da pressão intersticial sobre a pressão de perfusão capilar dentro de um compartimento osteofascial fechado. Esse desequilíbrio ocasiona a diminuição da perfusão sanguínea dos músculos e órgãos nele contidos. O tratamento consta na fasciotomia, procedimento cirúrgico, em que a partir da retirada da fáscia há o alívio da pressão interna, restabelecendo a circulação sanguínea para os tecidos. Em caso de hemorragia, além da fasciotomia deve-se também conter a lesão hemorrágica. Em revisão de literatura recente, com mais de 10 mil casos de abordagem radial para cateterismo cardíaco, as complicações vasculares e hemorrágicas ocorreram em apenas 45 pacientes, ou seja, 0,44%. 

Relato de caso:

Caso 1: Paciente do sexo feminino, 66 anos, submetida a cateterismo cardíaco com implante de stent em coronária descendente anterior. Nove horas após o procedimento a paciente apresentou síndrome compartimental em membro superior direito. Realizado ultrassom Doppler com fluxo trifásico em artéria axilar e braquial proximal, constatou-se ausência de fluxo em artéria braquial distal, radial e ulnar. Diante do caso, optou-se por fasciotomia e exploração cirúrgica arterial. Na cirurgia observou-se pseudoaneurisma de artéria radial e foi realizado arteriorrafia, drenagem dos hematomas e fasciotomia com restabelecimento imediato do fluxo distal, perfusão e temperatura. 

Caso 2: Paciente masculino, 78 anos, submetido a cateterismo com angioplastia em coronária descendente anterior. Vinte e quatro horas após o procedimento a equipe foi chamada para avaliar o paciente com dor, edema e hematoma. Em ultrassom diagnosticou-se um pseudoaneurisma de artéria braquial. Sendo assim, o paciente foi submetido a arteriorrafia evoluindo positivamente no pós-operatório.

 

Conclusão: Asíndrome compartimental em membro superior após cateterismo cardíaco e fístula artério-venosa é uma complicação rara, porém deve suspeitar-se sempre que o paciente apresentar síndrome isquêmica.

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