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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Treinamento físico aeróbio reduz variabilidade da pressão arterial e estresse oxidativo renal na prole de genitores submetidos à sobrecarga de frutose.

Nascimento-Filho; A. V., Shecara; T. P., Dutra; M. R. H., Santos; C. P., Kimura; D. C., Gomes; G. N., Irigoyen; M. C., Dias, D. S., De Angelis., K.
UNINOVE - São Paulo - SP - BRASIL, UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL, Faculdade de Medicina (USP) - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: Estudos mostram que a sobrecarga de frutose em genitores induz distúrbios cardiometabólicos e renais na prole. Por outro lado, o treinamento físico (TF) parece atenuar disfunções associadas à sobrecarga de frutose em animais adultos. O objetivo foi avaliar os efeitos cardiometabólicos, autonômicos, inflamatórios e de estresse oxidativo renal na prole de genitores com alto consumo de frutose. Métodos: Genitores receberam frutose (10%) ou água durante 60 dias prévios ao acasalamento, 21 dias de gestação e 21 dias de lactação. A prole foi avaliada 30 dias após o desmame e separada em grupos (n=7-9/grupo) provenientes de pais: controle (C), frutose que permaneceram sedentários (F) ou foram submetidos a treinamento (FT), em esteira adaptada 1h/dia, por 30 dias, a 40-60% da velocidade máxima do teste de esforço. Resultados: Não houve diferença no peso corporal entre os grupos. O peso do tecido adiposo branco (C:610±89; F:1108±156; FT:565±82 mg) e triglicérides (C:94±3; F:132±12; FT:97±2 mg/dL) foram maiores na prole F quando comparada às proles C e FT; ademais a menor sensibilidade à insulina na prole F foi prevenida na prole FT (C:4±0,3; F:3±0,2; FT:4±0,3 %/min). A prole F apresentou maior pressão arterial sistólica (PAS) (C:117±2; F:125±3; FT:119±2 mmHg), desvio padrão da PAS (C:3,3±0,2; F:4,3±0,2; FT:3,6±0,1 mmHg), variância da PAS (C:10±1,3; F:20±1,9; FT:13±0,5 mmHg2) e modulação simpática vascular (C:1,9±0,4; F:4,8±0,6; FT:2,7±0,5 mmHg2) comparada à prole C; estas alterações não foram observadas na prole FT. A função renal, avaliada por meio de creatinina (C:0,4±0,02; F:0,4±0,04; FT:0,5±0,02 mg/dL) e ureia (C:26,4±1,3; F:18,7±3,8; FT:23,9±2,2 mg/dL) foi semelhante entre os grupos. O TF promoveu menor razão pró inflamatória (TNF-α/IL-10) no tecido renal da prole FT (C:0,9±0,02; F:0,9±0,03; FT:0,8±0,02). No tecido renal não houve diferenças no perfil antioxidante, contudo a prole F exibiu maior concentração de ânion superóxido (C:6,5±0,8; F:10,7±1,5; FT:8,4±0,7 nmol/mg prot.) e peróxido de hidrogênio (C:9,7±0,2; F:11,7±0,7; FT:10,5±0,6 µM/g) comparada à prole C, alterações  não observadas na prole FT. Houve maior lipoperoxidação (C:3,2±0,3; F:4,5±0,6; FT:2,8±0,4 µmol/mg prot.) e menor biodisponibilidade de óxido nítrico (C:1,0±0,03; F:0,8±0,05; FT:1,1±0,03 µmol/mg prot.) no tecido renal da prole F, essas alterações foram prevenidas na prole FT. Conclusão: O TF atenuou o prejuízo na variabilidade da PAS e no balanço redox renal na prole de pais com sobrecarga de frutose, sendo eficaz no manejo do risco cardiometabólico e de lesão de órgãos-alvo.

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