SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Importância do ecocardiograma no tratamento percutâneo da estenose pulmonar após ablação por radiofrequência

Carolina Pires, Ana Carolina Galuban, Jorge Koroishi, Jairo Pinheiro, Carlos Pedra, Luciano Holanda, Bruno Gallo
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Introdução

  A ablação por cateter de radiofrequência é uma alternativa de tratamento definitivo das arritmias nos casos refratários ao tratamento medicamentoso. Descrevemos um caso de complicação deste procedimento e que foi tratado de forma percutânea, o ecocardiograma transesofágico (ETE) foi fundamental para confirmação do tratamento proposto.

Relato de Caso:

  Paciente masculino, 22 anos, portador de taquicardia atrial, refratária ao tratamento antiarrítmico, submetido a ablação por cateter de radiofrequência de foco arritmogênico originário no óstio da veia pulmonar inferior esquerda (VPIE).

  Após 3 meses do procedimento, paciente evoluiu com quadro de dispnéia. Descartado tromboembolismo pulmonar e quadro infeccioso pulmonar. A angiotomografia de veias pulmonares  evidenciou estenose acentuada do óstio da VPIE e área de opacidade heterogênea na periferia do lobo pulmonar inferior esquerdo. Foi realizada uma cintilografia de perfusão pulmonar que mostrou um acentuado déficit de perfusão no lobo inferior esquerdo.

  O tratamento transcateter da estenose da VPIE foi o de escolha e realizado sob monitorização do ETE.

  No procedimento, foi realizada uma angiografia arterial pulmonar seletiva, evidenciado dois pontos de obstrução importante, de menor importância em veia pulmonar superior esquerda (VPSE) e obstrução principal na VPIE. Inicialmente foi feita a angioplastia com balão da VPSE, observando-se melhora significativa do fluxo no vaso. A seguir, foi realizada a angioplastia com stent da VPIE. A angiografia de controle após implante do stent demonstrou pleno restabelecimento do fluxo venoso pulmonar, sem obstruções residuais.

   A ecocardiografia 2D e mais recentemente a 3D, permite a aquisição de imagens de alta resolução para guiar as intervenções e monitorar os resultados. Nesse procedimento relatado, o ETE foi fundamental para guiar a punção transseptal e monitorização de possíveis complicações. Além de confirmar a estenose pulmonar pela identificação do padrão de “dente de serra” ao doppler pulsado (alta velocidade de pico e fluxo diastólico contínuo), e normalização do padrão de fluxo ao final do procedimento.

Conclusão:

  O ETE vem apresentando papel importante na cardiopatia estrutural. São inúmeras as aplicações da ecocardiografia nos procedimentos de intervenção por via transcateter.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Parceria

Innovation Play

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

43º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

08 a 10 de junho de 2023