A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma síndrome clínica que prejudica o funcionamento do músculo cardíaco durante a sístole e/ou diástole, levando a um comprometimento funcional do corpo. Diante dos principais sinais e sintomas e das consequências oriundas desta condição de saúde, a capacidade funcional e a qualidade de vida, dentre outros aspectos, podem sofrer alterações. O objetivo deste estudo foi analisar a relação entre a capacidade funcional avaliada pelo teste de caminhada dos 6 minutos e a qualidade de vida em pacientes portadores de IC assistidos em um ambulatório de referência do Estado do Ceará. Trata-se de um estudo transversal, com pacientes portadores de IC, independente da causa, no período de maio de 2021 a setembro de 2022. Os pacientes foram avaliados quanto aos desfechos de capacidade funcional através do Teste de Caminhada dos 6 minutos (TC6) e qualidade de vida por meio do Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire – MLHFQ (Minnesota). Foram avaliados 102 pacientes, 52 homens, com média de idade de 57,9±13,7 anos. Com relação a classificação da New York Heart Association (NYHA), a maioria eram Classe II (n=46, 45,1%) com fração de ejeção ventricular esquerda média de 46,7±15,8%. No TC6 não houve diferença na distância realizada com a prevista e o MLHFQ foi moderado. Quando estratificada a NYHA com o TC6 e com o MLHFQ foi observado que quanto maior a classificação pior é a qualidade de vida e a capacidade funcional (p<0,05). Quando correlacionado o TC6 com o MLHFQ foi observado uma correlação fraca e inversamente proporcional (r=-0,33 p=0,001). Concluímos que quando levado em consideração a classe funcional NYHA, quanto maior a classificação pior é a qualidade de vida, assim como também a capacidade funcional.