INTRODUÇÃO: O aneurisma de artéria poplítea é o aneurisma periférico mais frequente, podendo corresponder a 70% dos casos. Sua complicação mais grave é a trombose, com alto risco de perda do membro. O aneurisma verdadeiro de artéria femoral superficial é uma alteração rara e por apresentar um trajeto anatômico envolto por músculos, normalmente são diagnosticados quando apresentam complicações.
Neste relato descrevemos o caso de dois pacientes, retratando como a trombose aguda dos aneurismas periféricos são graves complicações e exigem uma intervenção rápida e precisa.
CASO 1: Pacientemasculino, 58 anos, deu entrada no pronto socorro com dor e edema em membro inferior direito. Ao exame físico apresentava massa pulsátil em região poplítea em MID com dor no local e edema no membro. Submetido a ultrassonografia com diagnóstico de aneurisma de artéria poplítea. Realizado também arteriografia confirmando o diagnóstico sem evidência de leito distal. Paciente submetido a tratamento cirúrgico com ressecção do saco aneurismático sendo confirmado que não apresentava leito distal, com artéria poplítea trombosada logo após a dilatação aneurismática.
CASO 2: Paciente do sexo feminino, 76 anos, foi diagnosticada com aneurisma gigante de artéria femoral superficial por apresentar massa tumoral pulsátil há dois anos e dor importante no local. Submetida a exames de imagem com confirmação de aneurisma de aorta abdominal, ilíacas e femoral superficial de 11,3 cm de diâmetro roto e sem leito distal.
CONCLUSÃO: A trombose aguda dos aneurismas periféricos é uma complicação extremamente grave com risco de perda do membro se não tratado a tempo, porém, se a trombose for crônica e não apresentar sintomas de isquemia o tratamento pode até ser cirúrgico com ressecção do saco aneurismático sem revascularização distal se já houver circulação colateral.