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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Insuficiência aórtica importante em transplantado cardíaco após 12 anos da cirurgia

Outuki, G, Andreoni, MHB, Filho, JMK, Amorim, MAO, Nemoto, RP, Braga, FGM, Rosa, VEE, Lopes, MP, Bacal,F, Tarasoutchi, F
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Paciente masculino, 46 anos, com antecedente de miocardiopatia chagásica e disfunção ventricular, submetido ao transplante cardíaco ortotópico em 04/2011, apresentou em ecocardiograma de seguimento insuficiência aórtica importante e medida de aorta ascendente de 45 mm. Realizada angiotomografia com aorta ascendente de 44 mm abaixo da linha de anastomose, na ocasião diâmetros do ventrículo esquerdo (VE) de 57 x 34 mm e função ventricular preservada (FEVE 60%), ausência de sintomas. Em seguimento de 6 meses com nova imagem, houve dilatação do VE (63 x 43 mmHg) e aumento da dilatação da aorta ascendente para 52 mm. Paciente retornou em 12/2022, com dispneia ao subir rampas. e, ao exame, sopro holodiastólico 4+/6+ aspirativo em foco aórtico. Em angiotomografia de aorta identificado crescimento do aneurisma de aorta ascendente de 44 mm para 58 mm em 2 anos, com velocidade de crescimento de 3,5 mm a cada 6 meses. Elevação progressiva de BNP (200, 400, 606). Por insuficiência aórtica importante, secundária ao aneurisma de aorta ascendente de 58 mm, sintomático e com rápida velocidade de crescimento do aneurisma, indicado intervenção (Cirurgia de Bentall e De Bono). O seguimento de rotina com exames de imagem após o transplante cardíaco é preconizado, sendo recomendada a avaliação ecocardiográfica dos diâmetros da aorta. Poucos relatos de caso descreveram complicações relacionadas à aorta após a cirurgia do transplante, tendo como principal etiologia complicações infecciosas. O mismatch entre a aorta nativa e a do doador pode gerar estresse sistólico na parede da aorta e possível evolução com aneurisma, pseudoaneurisma e dissecção da aorta do doador. A terapia imunossupressora é associada ao desenvolvimento de hipertensão secundária e aumento de estresse na parede da aorta, assim como o corticoide cronicamente também tem capacidade degenerativa e pode estar relacionado. Aortopatias genéticas, doenças do colágeno do doador e situações de valva aórtica bicúspide seriam outras hipóteses a serem incluídas no diagnóstico diferencial. A avaliação ecocardiográfica após o transplante cardíaco deve englobar a visualização da anastomose aórtica e da aorta nativa sempre que possível, para identificação de complicações que possam se traduzir em implicações terapêuticas. 

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