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Crioablação de veias pulmonares para tratamento de pacientes com fibrilação atrial após infecção por coronavírus (Covid-19).

LB. CAVALCANTE, AAMR. FILHO , AW. ROSA , BAV. PASINI , JCS. NETO, SCGA. LIMA, VSS. LUCENA, L. ÂNGELO, AAM. ROSA, EF. XAVIER JÚNIOR
Santa Casa de Misericórdia de Maceió - Maceió - AL - Brasil, Universidade Tiradentes - Maceió - AL - Brasil

Fundamento: A infecção por coronavírus afeta preferencialmente as vias aéreas superiores e principalmente o parênquima pulmonar, porém, devido à infecção sistêmica, alguns pacientes apresentam fibrilação atrial mesmo na ausência de miocardite ou dano miocárdico. A fibrilação atrial na maioria dos pacientes não responde ao tratamento medicamentoso.

Objetivo: Apresentar os resultados da crioablação para isolamento elétrico de veias pulmonares em pacientes com fibrilação atrial persistente após infecção por coronavírus.

Material e métodos: Entre março de 2020 e março de 2022, foram realizados 53 casos de crioablação para tratamento de fibrilação atrial, com 15% (8) dos pacientes apresentando fibrilação atrial após infecção por coronavírus. Em todos os pacientes, a fibrilação atrial não respondeu à terapia farmacológica. Nesses pacientes, o ecocardiograma mostrou tamanho normal do átrio esquerdo, a idade variou de 46 a 67 anos, com média de 59 anos. Os pacientes não apresentavam cardiopatia estrutural ou sequelas pulmonares da COVID-19. Dos 8 pacientes, 62,5% (5) eram do sexo masculino e 37,5% (3) do sexo feminino. Todos os pacientes apresentavam marcador sorológico de infecção prévia avaliada por sorologia IgG. Os pacientes foram encaminhados ao laboratório de eletrofisiologia, sob sedação venosa, submetido a punção transeptal e em seguida realizada angiografia para localização das veias pulmonares e introdução de cateter balão onde foi realizada aplicação de 04 minutos em cada veia pulmonar, temperatura variando de -51 a -62 com média de -55 graus Celsius. No trans e pós-operatório não foram registradas complicações.

Resultados: Em 100% (8) dos pacientes, todas as quatro veias pulmonares foram isoladas. Não houve complicações como lesões do nervo esofágico e/ou frênico e todos os pacientes retornaram ao ritmo sinusal.

Conclusão: A doença causada pelo coronavírus pode levar a complicações cardíacas graves, como a fibrilação atrial descontrolada, refratária ao tratamento medicamentoso otimizado. Nesta amostra, a experiência da crioablação de veias pulmonares mostrou-se uma alternativa segura para pacientes com fibrilação atrial após infecção por coronavírus.

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