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Fragilidade e doenças cardiovasculares na mortalidade de idosos com hipertensão arterial sistêmica: Resultados do estudo SARCOS

Alberto Frisoli Junior , Amanda Rocha Diniz, Angela Paes , Valdir Moises
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL, Grupo de Pesquisa em Doenças de Vulnerabilidade do Idoso - Setor de Cardio Geriatria. - Sao Paulo - Sao Paulo - Brasil

 

A relação de causa e efeito entre síndrome da fragilidade (SFF) e doenças cardiovasculares (DCVs) ainda é incerta. Assim como a SFF, a hipertensão arterial (HAS) está associada a incidência de outras DCVs e mortalidade. SFF tem fatores etiológicos comuns a HAS como aterosclerose, inflamação, e disfunção endotelial. Entretanto, ainda não está esclarecido se SSF aumenta mortalidade em idosos com HAS, ou se isso ocorre por interação com as DCVs.  Objetivo: avaliar associação entre SFF e mortalidade em idosos com HAS em 18 meses. Método: análise prospectiva do estudo SARCOS – SARCopenia e Osteoporose com desfechos de vulnerabilidade. Amostra: idosos ambulatoriais. HAS foi diagnosticada se PAS ≥ 140mmHg e ou PAD≥ 90 mmHg medida em dias diferentes com paciente sentado, e diagnóstico prévio em prontuário. Síndrome da fragilidade física diagnosticada pelo critério Fried et al., com I- exaustão, II- velocidade de marcha <0.8mg, III- fraqueza-26Kgf homens e 16kgf mulheres, IV- perda peso>5% 1 ano e V- incapacidade de levantar-se e se sentar na cadeira. Fenótipos: Frágil ≥ 3 critérios, Pre frágil 1-2 critérios e Robusto sem critérios. Mortalidade aferida por contato telefônico 6 e 12meses. Análise sobrevida por Regressão de Cox ajustada para as variáveis significativas para morte (idade >80anos e hospitalização últimos 12 meses), DCVs (Insuficiência cardíaca- ICC, fibrilação atrial, Infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico-AVE), mulher, Insuficiência renal crônica e diabetes mellitus. Resultados:493 idosos terminaram o seguimento, dos quais 56.6% mulheres e 42.7% idade> 80 anos. A mortalidade foi de 7,9%(n=39). Fragilidade ocorreu em 16,6%, pre fragil 50,1%, robusto 33,3%. Idosos com SFF eram mulheres (67,1%;p=0,087), Idade > 80 anos (58,5%;p <0.001), com demência leve (78,0%;p<0,001), ICC (40,2%;p= 0,021), osteoartose (42,7%;p=0,008), e AVE (20.7%; p=0.026), além do elevado número de quedas (6 meses) (38.2%;p=0.081), hospitalização previa (40.2%;p <0.001) e menor media de PAD [72,0mmHg(±11,4)VS.78,94mmHg(±13,5) VS. 79,7mmHg (±14.5), p<0,001,respectivamente]) e de PAS ( 124,52mmHg (±21,5) VS. 132,76 mmHg (±22,1) VS 135,10mmHg (±24,6) p: 0,007, respectivamente] comparado aos outros fenótipos. Na regressão de Cox, fragilidade HR: 4,36 (1,61-11,82 p=0,004), pre fragilidade 1,86 (0,730- 4,762; p=0,193) comparados aos robustos (gráfico). Conclusão: Sindrome da fragilidade é um preditor independente de morte idosos com hipertensão arterial. 

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