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Menopausa impacta negativamente no perfil aterogênico associado às subfrações lipoproteicas de mulheres: Estudo ISA-CAPITAL 2015

Marlene N. Aldin, Regina M. Fisberg, Marcelo M. Rogero, Flavia M. Sarti, Nágila R T Damasceno
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - USP - SP - SÃO PAULO - SP - BRASIL, Faculdade de Saúde Pública USP - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A prevalência de doenças crônicas não transmissíveis tem crescido ao nível mundial, destacando-se as doenças cardiovasculares (DCV), que permanecem sendo a principal causa de mortalidade no Brasil. Embora as DCV envolvam fatores de risco complexos bem estabelecidos, aspectos epidemiológicos como a menopausa e sua associação com novos fatores de risco ainda são pouco explorados. Objetivo: Avaliar a influência da menopausa sobre as subfrações lipoproteicas aterogênicas. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, de base populacional e amostra probabilística de residentes da cidade de São Paulo vinculados ao estudo “ISA-CAPITAL 2015”. A amostra foi formada por mulheres de 20 a 88 anos distribuídas em grupos, segundo estado de menopausa. Após jejum de 12h foram analisados o perfil lipídico tradicional e as subfrações de LDL e HDL. (Lipoprint® System). Todos os testes estatísticos serão realizados com o auxílio do programa SPSS versão 16.0 (p<0,05). Resultados: Conforme esperado, o grupo Pré menopausa (n=92; idade média 36,8+8,7) e Pós menopausa (n=184; idade média= 65,2+9,7; p<0,001) reuniu mulheres mais velhas. O estado de Pós-menopausa se associou com maior idade (p<0,001), IMC (p=0,025), CC (p<0,001), glicose (p<0,001), TG (p<0,001), HDL grande (p=0,020) e menor conteúdo de LDL grande (p=0,001) e somatória IDL A + LDL1 + LDL2 (p<0,001) quando comparado ao grupo Pré-menopausa. Embora mulheres na menopausa tenham apresentado HDL maiores, a razão entre partículas HDL grandes/HDL pequenas foi semelhante entre os grupos (p=0,102). As análises de regressão linear reforçaram o papel negativo da menopausa demonstrando associação negativa com o tamanho da LDL (β=-0,073; p=0,036). De modo semelhante, o aumento do IMC (β=-0,079; p=0,037), glicose (β=-0,088; p=0,018) e TG (β=-0,371; p<0,001) se associou às partículas de LDL de menor tamanho. Conclusão: O risco cardiovascular de mulheres na menopausa é explicado não só pelos fatores de risco cardiovascular tradicionais, mas também por um perfil de subfrações de LDL e HDL mais aterogênico.

 

Palavras-chave: Subfrações lipoproteicas; risco cardiovascular; menopausa; hormônios sexuais; ISA CAPITAL.

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