Introdução: A doença isquêmica do coração é a principal causa de morte no mundo, com cerca de 7,4 milhões de mortes por ano e no Brasil é responsável por 31% das mortes cardiovasculares. Por meio de um Protocolo de Assistência Farmacêutica (AF) Clínica na Unidade de Coronariopatia Aguda estabelecido, o farmacêutico clínico realiza o acompanhamento farmacoterapêutico na unidade; a avaliação da prescrição de medicamentos para prevenir, identificar, avaliar, intervir e monitorar incidentes, para garantir a reconciliação medicamentosa, a inclusão das profilaxias necessárias, como a de tromboembolismo venoso e de úlcera de estresse, como também o ajuste da dose dos anticoagulantes conforme peso e idade, para os pacientes que ainda não passaram pelo procedimento médico como angioplastia ou cirurgia de revascularização do miocárdio. Todas as ações foram evoluídas no prontuário eletrônico do paciente. O objetivo deste trabalho foi apresentar os indicadores desenvolvidos de acordo com protocolo estabelecido na unidade. Método: Trata-se de um estudo retrospectivo, observacional, realizado em uma unidade especializada em síndrome coronariana aguda de um Hospital Terciário Especializado em Cardiopneumologia em São Paulo, no período de janeiro a dezembro de 2022. Os resultados foram coletados a partir de planilha eletrônica contendo dados de produção de acordo o com protocolo da Assistência Farmacêutica Clínica. Resultados: No período foram incluídos 1.088 pacientes no protocolo da AF Clínica, sendo 67,30% (732) pacientes do gênero masculino e 32,70% (356) do gênero feminino. Foi realizada em 100% (1.088) dos pacientes a conciliação medicamentosa de admissão ou de transferência de cuidado, 2.871 prescrições de medicamentos foram avaliadas e 1.144 intervenções farmacêuticas realizadas. Em relação às intervenções realizadas, 79,5% (909) foram aceitas pela equipe médica ou multiprofissional; 15,5% (178) não foram aceitas com justificativa; e, 5,0% (57) não foram aceitas. As intervenções farmacêuticas foram classificadas, sendo as de maior incidência: inclusão de medicamento com 304 intervenções (sendo a principal, as profilaxias), ajuste de dose do medicamento com 202 intervenções e de conciliação medicamentosa com 130 intervenções. Conclusão: A atuação do farmacêutico clínico na unidade de síndrome coronariana aguda, proporcionoua integração com a equipe multiprofissional com o uso seguro e racional dos medicamentos.