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Tempestade elétrica após infarto agudo do miocárdio: Relato de caso

Bernardi, H.G.B, Ribeiro, R.C, da Silva, J.R, Lara, L.M, Buffolo, E., Fonseca, J.H.A.P
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO Tempestade elétrica (TE) é definida como ocorrência de três ou mais episódios de arritmia ventricular (AV) em 24h. Em pacientes pós-infarto a chance de mortalidade encontrada foi 7,4 vezes maior naqueles que apresentaram múltiplas arritmias. A TE como fator de risco independente para mortalidade chega aos 38%, contra 15% dos pacientes que apresentaram FV ou TV mais esporádicos. METODOLOGIA As informações foram obtidas por meio de revisão de prontuário e literatura. RESULTADOS Homem, 58 anos, hipertenso, com alteração segmentar em teste provocativo de isquemia associado a  dor torácica típica.  Realizado cineangiocoronariografia com obstruções triarteriais com RFR negativo em lesões de ACX e ADA. Durante a cateterização da CD para angioplastia, ocorreu dissecção do vaso e paciente evoluiu com fibrilação ventricular (FV), sendo 1º episódio de 57min, 2º episódio de 15min e 3º episódio de 10min. Paciente foi assistido conforme protocolo de RCP, aberto coronária com implante de 4 stents, porém mantendo ritmo de FV, com curtos períodos de retorno a ritmo sinusal mas sem sustentação. Passado balão intra-aórtico (BIA) devido arritmia refratária após medidas farmacológicas. Ainda mantendo períodos de arritmia complexa e optado então por marcapasso transvenoso (MPTV). Progrediu com estabilidade elétrica em vigência de suporte com amiodarona, lidocaína, assistência circulatória com BIA 1:1 e MPTV comandando em FC 80bpm, intubação orotraqueal e sedação. Após período de recuperação miocárdica, secundário ao infarto agudo do miocárdio tipo 4A pela definição universal, paciente evoluiu sem novos períodos de arritmia, feito desmame de drogas antiarrítmicas e retirado suporte e BIA e MPTV dois dias após o evento, mantendo estabilidade elétrica. DISCUSSÃO TE normalmente ocorre em pacientes com doença cardíaca estrutural subjacente, isquêmica ou não isquêmica, também pode ocorrer em pacientes com canalopatias hereditárias, porém, normalmente, um gatilho específico não é facilmente identificado.É uma emergência médica com um algoritmo de gerenciamento complexo que envolve uma série de fatores que precisam ser abordados quase simultaneamente em pacientes com potencial comprometimento hemodinâmico. O conhecimento do manejo agudo, reversão de gatilhos potenciais e o arsenal terapêutico adequado para intervenção terapêutica é essencial para estabilização do paciente. CONCLUSÃO A TE é uma complicação rara, mas fatal, do infarto agudo do miocárdio e, por isso, o reconhecimento rápido da situação e o tratamento adequado são fundamentais para a sobrevivência do paciente.

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