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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Exposição à luz promove aumento da pressão arterial e altera o ritmo circadiano pós-exercício

Gustavo Fernandes de Oliveira, Thais Coelho Marin, Luan Azevedo, José Cipolla-Neto, Cláudia Lucia de Moraes Forjaz, Leandro Campos de Brito
USP- Escola de Artes, Ciências e Humanidades - São Paulo - SP - Brasil, Oregon Health & Science University - Portland - OR - EUA, USP - Escola de Educação Física e Esporte - São Paulo - SP - BRASIL, ICB - USP - Instituto de Ciências Biomédicas - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: A exposição à luz intensa (LI) aumenta a pressão arterial (PA) em repouso, possivelmente por aumentar a atividade nervosa simpática e vasoconstrição. Entretanto, o efeito da LI na PA pós-exercício não é conhecido. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência da intensidade da luz sobre a PA e seu ritmo circadiano pós-exercício, além da vasodilatação em repouso e pós-exercício. Métodos: Dezoito homens saudáveis (28±5 anos) participaram de 3 sessões experimentais, em ordem aleatória, sob diferentes intensidades de luz: LI (5000 lux), controle (LC - 500 lux) e penumbra (PN - <8 lux). No início de cada sessão, a luz foi ajustada em 500 lux e após 20 min foram realizadas as medidas basais. Na sequência, a luz foi ajustada e mantida de acordo com a sessão (LI, LC ou PN). Após 20 min, foram feitas as medidas pré-exercício. Em seguida, o exercício foi realizado em cicloergômetro por 30 min à 50-60% da frequência cardíaca de reserva e as medidas foram repetidas pós-exercício. Foram avaliadas a PA, o fluxo sanguíneo (FS) e a condutância vascular (CV) das artérias braquial e femoral comum (ultrassonografia). O ritmo circadiano da PA foi avaliado através da análise de Cosinor da PA ambulatorial de 24 horas pós-exercício, calculando a acrofase (momento que ocorre o pico da PA). ANOVAs de dois fatores para medidas repetidas compararam os valores de repouso e pós-exercício nas 3 sessões, e ANOVAs de um fator compararam o ritmo circadiano das três sessões, p≤0,05. Resultados: Comparando basal com o pré-exercício, a PA sistólica não mudou, mas PA diastólica aumentou similarmente, e o FS e a CV da artéria braquial diminuíram similarmente nas três sessões. FS e CV da artéria femoral não mudaram. Comparando pré ao pós-exercício, a PA sistólica diminuiu similarmente nas 3 sessões até 60 min (LI = -2±3, LC = -2±4, e PN = -3±4 mmHg, Ptempo=0,003), mas seus os valores permaneceram elevados na sessão LI (120±8 vs. 118±8 vs. 117±7 mmHg, Psessão=0,03). A PA diastólica aumentou significantemente nas sessões LI e LC, e isso foi diferente da manutenção observada na sessão PN (+1±2, +1±2 e 0±2 mmHg, Pinteração=0,02), respectivamente. O FS das artérias braquial e femoral comum não mudaram e a CV dessas artérias aumentaram igualmente nas três sessões. A acrofase da PA sistólica avançou em, respectivamente, 9h e 5h após LI e LC comparadas à PN (P=0,02). Conclusão: Em homens jovens saudáveis, a exposição à luz aumentou os valores de PA pós-exercício e promoveu avanço do ritmo circadiano da PA sistólica pós-exercício. FAPESP 2019/24327-5

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