SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Hiperativação Neural Simpática, Disfunção Endotelial, Enrijecimento Aórtico e Atenuada Capacidade de Exercício em Sobreviventes de Câncer de Mama Tratados com Quimioterapia Baseada em Doxorrubicina e Trastuzumabe

João Eduardo Izaias, Bruna Emy Ono, Diego de Faria, Artur Sales, Thais Silva Rodrigues, Vera Salemi Cury, Luiz Aparecido Bortolotto, Maria Claudia Costa Irigoyen, Fernanda Marciano Consolim Colombo, Allan Robson Kluser Sales
Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino - Rio de Janeiro - RJ - Brasil, Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino - São Paulo - SP - Brasil, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

 

Introdução: Evidências prévias demonstram que sobreviventes de câncer de mama (SCM) que foram tratados com quimioterapia baseado em Doxorrubicina, seguida de Trastuzumabe apresentam um risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares em até 7 anos após conclusão do tratamento oncológico. As explicações para esses desfechos são ainda pouco conhecidas, mas podem envolver uma constelação de alterações fisiológicas. Portanto, nossas hipóteses são de que SCM em comparação a controles, apresentam hiperativação neural simpática, disfunção endotélio-dependente, enrijecimento arterial aórtico e atenuada capacidade de exercício.

Métodos: Doze SCM (49±1 anos) tratados com doxorrubicina e trastuzumabe, e dez indivíduos controles saudáveis (48±1 anos) bem pareados foram estudados. Atividade nervosa simpática muscular (ANSM) foi mensurada de forma direta no nervo fibular por microneurografia, função endotélio-dependente por dilatação mediada pelo fluxo sanguíneo da artéria braquial (DMFAB) utilizando Ultrassom, rigidez arterial aórtica por velocidade de onda de pulso carótida femoral (VOPCF) utilizando o Complior, pressão arterial (PA), batimento-batimento, por Finometer® e frequência cardíaca (FC) por eletrocardiograma. O consumo de oxigênio de pico (VO2 pico) foi avaliado através do teste de exercício cardiopulmonar.

Resultados: A ANSM (frequência e incidência) foram 40% e 35%, respectivamente, maiores em SCM do que nos controles (p60% menor nos SCM versus controles (p=0.005) e o VO2 pico foi 39% menor (P=0.001). Nenhuma diferença existiu entre os grupos para VOPCF, PA e FC (P>0.05). Análises de correlação revelaram associação inversa de ANSM (frequência e incidência) com DMFAB ou VO2 pico (P2 pico com DMFAB (P=0.056).

Conclusão: Nossos achados demonstraram que SCM têm um excesso de fluxo neural simpático periférico, disfunção vascular e reduzida capacidade de exercício, na qual podem ajuda a explicar, pelo menos em parte, o risco cardiovascular aumentado nessa população. Portanto, é urgente o estabelecimento de estratégias terapêuticas (por exemplo: reabilitação com exercício físico) para restaurar ou aliviar essas manifestações cardiovasculares em SCM.    

Palavras-chaves: Atividade nervosa simpática, endotélio, rigidez arterial, pressão arterial e capacidade de exercício

 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Parceria

Innovation Play

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

43º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

08 a 10 de junho de 2023