Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) constituem a primeira causa de morte no mundo, e no Brasil. Em 2017 ocorreram, em âmbito nacional, 358.882 (27,3%) decorrentes de DCV. As DCV podem ter tratamento (clínico/medicamentoso) ou cirúrgico, sendo que a segunda opção, reflete em maior repercussão na vida diária do indivíduo. Dentre as cirurgias cardíacas mais comuns, a revascularização do miocárdio (RM) e a correção de doenças valvares, são as mais realizadas e ambas são intervenções complexas que requerem um tratamento adequado em todas as fases operatórias. Objetivo: Caracterizar o perfil e o desfecho clinico dos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca no ano de 2022 em um Hospital do Nordeste. Método: Estudo exploratório utilizando prontuário eletrônico de saúde de todas as cirurgias cardíacas realizadas no ano de 2022, observando tipo de cirurgia, idade, sexo e desfecho clinico (alta ou óbito) dos participantes. Não houve exclusão e todos os prontuários disponíveis foram avaliados. Resultados: No período compreendido entre janeiro e dezembro de 2022, foram submetidos a algum tipo de cirurgia cardíaca 283 pacientes. Quanto ao sexo 81 (29,24%) do eram mulheres e 196 (70,76%) eram Homens. As idades médias estavam compreendidas entre 51 a 68 anos. O desfecho clínico foi avaliado através de um compilado gerado pelo sistema possibilitando o cruzamento dos dados desfecho (óbito versus alta) e tipo de procedimento realizado. Foi possível observar que a taxa de óbito foi de 2,7%, o que significa que apenas 6 pacientes foram à óbito no ano de 2022 após o procedimento, sendo 04 após RM com extracorpórea, 02 RM com troca de válvula combinadas. A taxa de sucesso e alta foi de 97,83% sendo a RM com uso de extracorpórea o procedimento mais realizado 84,48%, seguido de RM sem extracorpórea 6,14% e plástica valvar e/ou troca múltipla 1,81%. A correlação entre os óbitos e os meses do ano foram desconsideradas por não haver diferença entre eles. Conclusão: O perfil dos pacientes submetidos a cirurgias cardíacas é predominante de homens e a idade média considerada adultos/idosos, o que pode levar a maior suscetibilidade a um desfecho desfavorável pelo risco de existência de comorbidades, entretanto, o procedimento se mostrou seguro visto que essa taxa de óbito é inferior ao que foi encontrado na literatura que está entre 5 e 10%. Corroborando com estudos nacionais e internacionais a (RM) é o procedimento mais realizado seguido da cirurgia para correção de válvulas.