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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Tratamento com coils de fístula entre artéria descendente anterior esquerda e ventrículo direito

Waldir Przygoda Weidmann Alves Filho, Mauricio Felippi de Sá Marchi, Gabriel Kanhouche, Filippe Barcellos Filippini, Luiz Junya Kajita, Alexandre Abizaid
FURB - Fundação Universidade Regional de Blumenau - Blumenau - SC - BRASIL, INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução

            A biópsia endomiocárdica é considerada o padrão-ouro para avaliação da rejeição do enxerto em transplante cardíaco ortotópico. Trata-se de um procedimento relativamente seguro, com menos de 1% de chance de ocorrência de complicações graves.

Relato de caso

Um paciente de 69 anos, com histórico de transplante cardíaco realizado em 2018 devido à doença de Chagas, assintomático, com última biópsia endomiocárdica realizada há 2 anos, sem histórico de rejeição do enxerto, foi submetido a uma cintilografia de perfusão miocárdica de controle para avaliação de doença vascular do enxerto, após 2 anos. Os resultados demonstraram isquemia apical induzida por estresse. Apesar disso, ele permanecia assintomático.

Após o achado de isquemia na cintilografia, foi realizada uma coronariografia que evidenciou a presença de uma fístula entre a artéria descendente anterior esquerda e o ventrículo direito, seguida de oclusão coronária. Essa complicação é considerada rara, potencialmente relacionada à biópsia endomiocárdica.

Após a identificação da fístula na coronariografia, foi planejado o procedimento de oclusão, realizado com o uso de três coils. Inicialmente, foi implantado um dispositivo VortX® de 5,5 x 5 mm (Boston Scientific), seguido por outro de 6,5 x 6 mm (Boston Scientific) e, por fim, um VortX Diamond® de 5,5 x 5 mm (Boston Scientific), inserido por meio de um microcateter Renegade® (Boston Scientific).

Resultados

Após o tratamento realizado, a angiografia final demonstrou o fechamento da fístula da artéria coronária. O paciente permaneceu assintomático e recebeu alta posteriormente, seguindo em acompanhamento ambulatorial sem intercorrências desde então.

 

Figura 1. (A) Fístula entre a artéria descendente anterior e ventrículo direito com oclusão coronariana subsequente. (B e C) Implante dos coils. (D) Angiografia final.

Conclusões

Neste relato, apresentamos um caso incomum de fístula entre a artéria descendente anterior esquerda e o ventrículo direito. O paciente foi submetido a tratamento com sucesso, utilizando coils, e recebeu alta para acompanhamento ambulatorial.

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