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Extubação paliativa em uma Unidade de Terapia Intensiva Cardiológica – Um relato de caso

MIRANDA, S.G.G, SILVA, M.M, NARCHI, M.D, CASTILLO, M.T.C
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: A extubação paliativa é descrita como a retirada do tubo traqueal e da ventilação mecânica, quando todas as possibilidades de desmame ventilatório falharam ou o prognóstico do paciente é desfavorável. É um procedimento que evita prolongar a vida de maneira artificial e deve ser acordado juntamente com os familiares e a equipe.

Objetivo: Relatar um caso de extubação paliativa numa unidade de terapia intensiva cardiológica.

Método: Relato de caso

Resultados: Paciente do sexo feminino, portadora de Miocardiopatia Dilatada deu entrada no pronto-socorro em Insuficiência Cardíaca perfil C. Após a realização das medidas farmacológicas e o uso de ventilação não invasiva, não houve resposta satisfatória, evoluindo para intubação orotraqueal. A extubação ocorreu após 6 dias, porém em 24 horas houve falha de extubação, seguida de parada cardiorrespiratória (PCR) de 15 minutos. Foram realizadas todas as medidas pós PCR e mesmo a compensação clínica, não houve resposta neurológica favorável para progredir com uma nova extubação, desse modo, a equipe definiu os Cuidados Paliativos. O filho da paciente trouxe o relato de que ela não gostaria de viver de forma artificial e mesmo estando apreensivo com a possibilidade de óbito iminente após a extubação, visto que a mãe não tinha resposta favorável, ele não gostaria que mantivéssemos as medidas invasivas. Após uma conferência familiar com consenso entre a equipe e os familiares optou-se por realizar a extubação paliativa, para tal houve a suspensão de medicamentos não essenciais e foi otimizado as medicações para prevenir o estridor laríngeo. Para a extubação, foi realizado aspiração de alívio e o teste de respiração espontânea com resposta satisfatória e após 19 dias de intubação a paciente foi extubada, o procedimento ocorreu de maneira tranquila, não houve necessidade de aspiração ou suplementação com oxigênio, a paciente permaneceu com um Glasgow 6, eupneica em ar ambiente com uma fisionomia confortável, sem sinais de desconforto respiratório ou de dor. O atendimento fisioterapêutico foi mantido visando manter o conforto, a paciente teve o acompanhamento dos familiares com visita estendida e veio a falecer após 4 dias da extubação.

Conclusão: A extubação paliativa ocorreu com o suporte da equipe e dos familiares, livre de dor ou desconforto e a paciente veio a falecer 4 dias após o procedimento. Esse relato de caso reforça a importância do alinhamento de condutas, da presença da família e a possibilidade de sobrevida após uma extubação paliativa.

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