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Valor Prognóstico da Carga e Complexidade da Doença Arterial Coronária em Pacientes Portadores de Doença Renal Crônica em Terapia Renal Substitutiva.

Roger Renault Godinho, José Jayme G. de Lima, Carlos M. Campos, Luis Henrique W. Gowdak, Neuza Lopes, Gabriel Paz S. Mota, Henrique B. Ribeiro, Alexandre Abizaid, Expedito Ribeiro
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

 

Introdução: a doença renal crônica (DRC) é um fator de risco independente para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Pacientes com DRC são mais susceptíveis a eventos, principalmente aqueles relacionados a doença arterial coronária (DAC). O objetivo do presente estudo é avaliar o impacto prognóstico da carga e complexidade da DAC em indivíduos com DRC em terapia renal substitutiva (TRS).

Métodos: estudo retrospectivo que incluiu uma coorte de pacientes portadores de DRC em TRS, submetidos a cinecoronariografia como estratificação de risco para transplante renal. A carga e a complexidade da DAC foram avaliadas através do cálculo do SYNTAX Score (SS). Os indivíduos foram divididos em 4 grupos: sem DAC significativa, baixa carga aterosclerótica, carga aterosclerótica intermediária e alta carga aterosclerótica de acordo com os tercis do SS para essa população. O desfecho primário foi a incidência de Eventos Cardíacos e Cerebrovasculares Maiores (ECCAM) composto por morte por todas as causas, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e qualquer revascularização coronária.

Análise Estatística: análise multivariada foi realizada utilizando regressão de COX. O índice de Youden foi utilizado para determinar o melhor valor de corte do SS para a ocorrência de ECCAM. O método de Kaplan-Meier foi utilizado para construir as curvas de sobrevida. Valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo.

Resultados: 1226 indivíduos foram incluídos. A mediana de idade foi de 57 anos; 64% do sexo masculino, 57% diabéticos e 24% submetidos a transplante renal durante o seguimento. 466 pacientes não apresentaram DAC significativa, 256 apresentaram baixa carga aterosclerótica (SS 1–8), 257 apresentaram carga aterosclerótica intermediária (SS 9–16) e 247 pacientes apresentaram alta carga aterosclerótica (SS>16). Após 985 dias, a incidência de ECCAM foi de 25% no grupo sem DAC significativa, 39% no grupo com baixa carga aterosclerótica, 43% no grupo intermediário e 57% no grupo com alta carga aterosclerótica (p<0,01). O melhor valor de corte do SS para a ocorrência de ECCAM foi 7. Idade, Fração de Ejeção do VE, transplante renal durante o seguimento e SS>7 foram os preditores independentes de ECCAM. A probabilidade de transplante renal diminuiu de acordo com a carga de DAC, sendo 31,5%, 25,8%, 21,8% e 11,7% respectivamente (p<0,01), de acordo com o aumento da carga de DAC.

Conclusão: o aumento progressivo da carga e complexidade da DAC associou-se a uma maior incidência de ECCAM e a uma menor chance de transplante renal ao final do seguimento.

 

 

 

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