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Efeito do CPAP em Remodelamento Atrial e Disfunção Diastólica em Pacientes com AOS e Síndrome Metabólica: Um Estudo Randomizado.

Thiago Andrade de Macedo, Sara Quaglia de C. Giampá, Sofia F. Furlan, Lunara S. Freitas, Adriana Lebkuchen, Karina H. M. Cardozo, Valdemir M Carvalho, Luiz A. Bortolotto, Geraldo Lorenzi-Filho, Luciano F. Drager
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, Grupo Fleury - São Paulo - São Paulo - Brasil

Objetivo: avaliar o efeito do tratamento com CPAP (continuous positive airway pressure) no remodelamento atrial e na função diastólica do ventrículo esquerdo, em pacientes com apneia obstrutiva do sono e síndrome metabólica.

Métodos: o estudo atual consiste em uma análise pré-especificada de um ensaio randomizado, controlado por placebo, que incluiu indivíduos com diagnóstico recente de síndrome metabólica, portadores de apneia obstrutiva do sono (moderada a grave). Os pacientes foram randomizados em 2 grupos: CPAP ou dilatador nasal, durante 6 meses. Ecocardiograma transtorácico foi realizado pelo mesmo investigador, que desconhecia o grupo ao qual pertencia cada paciente. 

Resultados: Nove noventa e nove pacientes (79% homens; idade: 48±9 anos; índice de massa corporal: 33±4 kg/m2) completaram o estudo. No seguimento, os pacientes do grupo dilatador nasal evoluíram com aumento significativo do diâmetro atrial: de 39,5 [37,0-43,0]mm para 40,5 [39,0-44,8]mm, (p=0,003); enquanto no grupo CPAP de 40,0 [38,0-44,0] para 40,0 [39,0-45,0]mm (p=0,194), ou seja, sem aumento significativo. Considerando-se apenas os pacientes com disfunção diastólica na avaliação ecocardiográfica inicial, quase metade apresentaram reversibilidade da disfunção diastólica com uso do CPAP (em comparação com apenas 2 pacientes do grupo placebo, p=0,039). Na análise de regressão, a reversibilidade da disfunção diastólica pelo uso de CPAP foi 6,8 vezes maior (IC: 1,48-50,26, p=0,025) em comparação com o uso de dilatador nasal.

Conclusão: Em pacientes com síndrome metabólica e apneia do sono, o tratamento com CPAP por 6 meses preveniu remodelação atrial e aumentou a chance de reversibilidade da disfunção diastólica.

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