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Efeito do treino aeróbio-resistido de membros superiores na aptidão aeróbia de pacientes pediátricos neurológicos: ensaio clínico cruzado-randomizado

Davoli GBQ, Martins EJ, Crescêncio JC, Manso PH, Cruz KLT, Franco CSB, Lucchiari MLS, Mattiello-Sverzut AC
FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - Ribeirão Preto - SP - BRASIL, HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃO PRETO - - SP - BRASIL

Introdução: O acometimento primário ou secundário do músculo esquelético, causa redução das habilidades motoras, principalmente dos membros inferiores, em pacientes pediátricos neurológicos como a espinha bífida (EB), Charcot-Marie-Tooth (CMT) e Miopatias (Mio). A menor habilidade motora dificulta o acesso e participação dos pacientes favorecendo um estilo de vida sedentário e redução da aptidão aeróbia. Apesar dos efeitos benéfico do exercício estarem bem estabelecidos, ainda existem ressalvas sobre o tipo, intensidade e frequência ideal do exercício para pacientes pediátricos, principalmente quando o treino é realizado com os membros superiores. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos do treino aeróbio e resistido realizado com membros superiores na aptidão aeróbia de pacientes pediátricos neurológicos. Métodos: Estudo cruzado e randomizado de dois períodos (AB/BA), duração de 14 semanas, registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos–ReBEC (código de acesso: RBR-98cknq) e aprovado pelo comitê de ética do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (CAEE: 16647119.6.0000.5440). Os pacientes foram randomizados e alocados nos grupos AB (treino inicial aeróbio, treino intervalado de alta intensidade, duração de 8 semanas) ou BA (treino inicial de força, resistência muscular e exercícios funcionais, duração de 6 semanas). Três avaliações (Av1-inicial da 1º intervenção, Av2-final da 1º intervenção e inicial da 2º intervenção e Av3-final da 2º intervenção) foram realizadas. Teste de esforço cardiopulmonar-TECP, incremental em rampa realizado em cicloergômetro de membro superior (LODE Angio, Lode BV) avaliou a aptidão aeróbia. O teste “Two-way ANOVA” de medidas repetidas e correção de Bonferroni comparou os pacientes entre os grupos e entre as três avaliações. Um alfa de 5% foi considerado significativo. Resultados: Oito pacientes (EB:5, CMT:2, Mio:1), 6 do sexo masculino (M) e idade mediana (95%IC) de 11 (9-12) anos foram alocados no grupo AB e 6 pacientes (EB:4, CMT:1; Mio:1), 2 do sexo masculino e 12 (9-15) anos no grupo BA. Diferenças significativas não foram encontradas entre os grupos ABvs.BA. Todavia, quando comparada a Av1vs.Av2 do grupo AB, foi observado aumento da frequência cardíaca pico (diferença média-dfm: -10 bpm;p=0,02), da potência pico (dmf: -9 watts;p=0,02) e duração do TECP (dmf: -114 s;p=0,02).  Conclusões: Apesar da não diferença entre os grupos AB e BA. Quando realizado primeiro (grupo AB), o treino aeróbio com membros superiores teve efeitos positivos sob a aptidão aeróbia dos pacientes.

 

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